! UOL Esporte - Copa do Mundo 2002 - Últimas Notícias

<\table>


ÁLBUM

Veja fotos
de diversas
competições




   15h05 - 30/06/2002

Japão organiza bem, mas Coréia mostra mais paixão pelo futebol

Por Adrian Warner

YOKOHAMA (Reuters) - "O Japão abrigou a Copa do Mundo. A Coréia do Sul viveu o Mundial." Estas palavras de Keir Radnedge, veterano observador das finais e ex-editor da revista World Soccer, se encaixam perfeitamente na descrição dos 64 jogos da primeira Copa realizada em dois países e na Ásia.

O Japão demonstrou excelente capacidade de organização para abrigar um torneio seguro e de sucesso, apesar de os dois anfitriões terem enfrentado problemas com cadeiras vazias na primeira fase, por causa da confusão sobre os ingressos.

Depois de abrigar com sucesso os Jogos Olímpicos de Inverno, em Nagano, há quatro anos, os japoneses mais uma vez provaram que têm a infra-estrutura e a vontade política e social para fazer o mundo se sentir em casa durante um evento esportivo global. Isso já era esperado.

Mas a Coréia do Sul surpreendeu todo mundo com sua paixão e empolgação com o torneio.

Inspirados pela notável passagem de sua seleção às semifinais, milhões de coreanos tomaram as ruas para assistir aos jogos em telões, muitos deles adolescentes que gritavam como fãs de shows de rock.

Copas do Mundo já haviam testemunhado fanatismo, mas houve uma nova euforia nas ruas de Seul, ajudada pelos telões de alta tecnologia. Nos estádios, durante os jogos da Coréia, a atmosfera era elétrica.

Os coreanos também foram às ruas em massa para ver jogos de outros países nos telões públicos. Com dançarinos e bandas divertindo o público entre os jogos, os eventos deram à Copa do Mundo um sentimento de festival -- que transcorreu sem grandes problemas.

O Japão ficou empolgado com sua seleção, que perdeu para a Turquia nas oitavas-de-final. Mas não se iguala à Coréia em termos de entusiasmo e atmosfera nos bares e ruas do país.

IMPULSO POLÍTICO

Seul foi o palco de uma Olimpíada histórica em 1988, quando o Ocidente e o Oriente uniram-se após boicotes políticos que destruíram os Jogos de 1976, 1980 e 1984.

A Olimpíada deu à Coréia enorme impulso econômico, elevando sua imagem ao redor do mundo.

A Copa do Mundo provavelmente terá implicações políticas no país. Mas será diferente de 1988.

A Coréia do Sul não precisa provar nada para o mundo, já que seu sucesso econômico e social é bem conhecido. Dessa vez, o impacto pode ser em nível doméstico e asiático.

Políticos coreanos lutam para explorar o orgulho e a esperança. Chung Mong-joon, poderoso empresário e chefe do futebol, pode se beneficiar se concorrer à Presidência em dezembro.

Os organizadores disseram que o relacionamento entre o Japão e a Coréia do Sul atingiu uma "dimensão completamente nova" por causa da Copa.

Havia preocupação considerável antes do Mundial de que as antigas rivalidades e animosidades entre os países -- a península coreana foi uma possessão colonial do Japão entre 1910 e 1945 -- poderiam impedir a coordenação suficiente para o sucesso do torneio.

Mas, em comunicado conjunto, autoridades japonesas e coreanas disseram: "A organização conjunta da Copa do Mundo da Fifa pela Coréia e pelo Japão transformou-se em uma completamente nova relação bilateral entre os dois países."

"Como países anfitriões, o desejo da Copa do Mundo da FIFA de ser um sucesso completo para os torcedores e em nível cívico tornou-se uma onda que continua a aumentar de tamanho e vigor."




Reuters Limited - todos os direitos reservados. O conteúdo Reuters é de propriedade intelectual da Reuters Limited. Qualquer cópia, republicação ou redistribuição do Conteúdo Reuters, inclusive por armazenamento rápido, enquadramento ou outros meios semelhantes, estão expressamente proibidas sem o consentimento prévio por escrito da Reuters. A Reuters não será responsável por quaisquer erros ou atrasos no Conteúdo, ou por quaisquer medidas tomadas na ocorrência dos fatos ora descritos.

Comente esta notícia nos Grupos de Discussão UOL