MOSCOU (Reuters) - Cerca de 80 por cento dos russos querem que um técnico estrangeiro assuma a seleção nacional depois da fraca campanha na Copa do Mundo. Em uma enquete nacional conduzida pelo jornal Sport-Express no final de semana, 79,6 por cento dos 14.000 russos entrevistados disseram ser favoráveis à substituição de Oleg Romantsev por um estrangeiro depois da eliminação do time na primeira rodada. Depois de vencer a Tunísia por 2 x 0, os russos perderam os outros dois jogos da primeira fase, por 1 x 0 para o Japão e por 3 x 2 para a Bélgica. A falha em seguir adiante em um dos grupo considerados mais fracos da Copa levaram à imediata demissão de Romantsev. Na enquete, o ex-goleiro italiano Dino Zoff, campeão mundial em 1982, recebeu 29,2 por cento dos votos. Ele foi seguido por Alberto Zaccheroni, ex-técnico da Lazio e do AC Milan, e Dane Richard Moller-Nielsen, que abandonou a posição de técnico da seleção de Israel no começo deste ano. No mês passado, dois executivos russos que atuam no setor petroleiro, envergonhados com a performance da seleção na Copa, ofereceram pagar um milhão de dólares por ano do próprio bolso para contratar um técnico estrangeiro. O presidente da União Russa de Futebol, Vyacheslav Koloskov, no entanto, acabou com as esperanças dos russos em ter um técnico de outro país no comando da seleção, dizendo que um estrangeiro teria que enfrentar uma batalha contra a conservadora instituição russa de futebol. "Eu não tenho certeza de que precisamos de um treinador estrangeiro", disse Koloskov ao jornal Sport-Express. "Nós temos muitos técnicos russos, que ganharam várias honras à sua própria maneira, e na minha opinião, sem o apoio deles, será muito difícil alguém ter sucesso aqui." O atacante russo Vladimir Beschastnykh, que teve uma frustrante Copa do Mundo, disse que qualquer técnico estrangeiro terá dificuldades para se adaptar ao ambiente russo. "Serão como peixes fora d'água", disse Beschastnykh à televisão russa. "Eu não acho que seja isso que estejamos precisando."
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