Brasil vira contra Sérvia e fecha 1ª fase do Mundial na liderança do grupo

O Brasil mais uma vez superou um início ruim no Mundial feminino de vôlei e chegou a sua quinta vitória em cinco jogos neste domingo em Trieste, Itália. Desta vez, o duelo contra a Sérvia terminou 3 a 1 (24-26, 25-21, 25-18 e 25-23), e, além dos três pontos, rendeu a liderança do grupo para a seleção brasileira.

Com ginásio lotado, a partida se tornou muito nervosa. Boa parte por culpa disso era da arbitragem, que teve de corrigir diversas bolas dos juízes de linhas, que erraram muitas vezes. Sem o desafio, quando a marcação não era corrigida, os técnicos iam à loucura.

Agora, Brasil e Sérvia vão para Verona enfrentar Rússia, Estados Unidos, Holanda e Cazaquistão pela segunda fase. Turquia e Bulgária, que também se classificaram, completam a chave em busca de três vagas para a terceira fase.

A estreia do Brasil na segunda fase acontecerá apenas na próxima quarta-feira. O primeiro duelo será contra o Cazaquistão.

Fases do jogo: O começo da partida causou muita preocupação. Nas seis primeiras bolas da partida, a Sérvia marcou cinco pontos, muito ajudada pelo saque de Boskovic. Mas, a seleção brasileira logo encostou com pontos de ataque de Jaque e uma boa atuação de Thaísa. O equilíbrio da partida seguiu até os pontos finais, quando um erro da arbitragem prejudicou o Brasil. A bola fora da Sérvia que definiria a parcial em 25-23 foi marcada dentro. Na sequência, as sérvias viraram o set em um lance que contou até com uma defesa com o pé de Mihajlovic.

O segundo set teve o mesmo equilíbrio da primeira parcial, mas desta vez as equipes foram ponto a ponto desde o início. O que acabou sendo decisivo foi um erro de Suzana Cibic, a líbero. Ela trocou de posição antes do saque de Jaqueline e o juiz deu ponto para o Brasil. Com essa virada no marcador, a equipe cresceu e definiu o set, enquanto as sérvias erravam saques.

O início da terceira parcial chegou até a assustar. Os quatro primeiros pontos foram da Sérvia, mas a equipe de Zé Roberto cresceu e abriu uma vantagem que não havia conseguido até então no duelo. A segunda pausa técnica marcou 16-9. Os erros do lado da europeias eram cada vez mais bobos e as brasileiras definiram a parcial.

O equilíbrio voltou no quarto set. Brasil e Sérvia revezavam na frente do marcador até a primeira pausa técnica. Daí para frente, a seleção brasileira fazia uma atuação quase perfeita no saque, recepção, ataque e bloqueio. Enquanto isso, a sérvias sentiam a pressão e desperdiçavam muitas jogadas.

Melhor – Jaqueline – Mais uma vez, a jogadora teve uma noite inspirada. Desta vez sem ser “metralhada” como disse ter sido contra a Turquia, a atleta brilhou no ataque e saiu de quadra como a maior pontuadora.

Pior – Mihajlovic – Ela caiu de rendimento e o time desapareceu em quadra. No primeiro set, ela fez 10 dos 26 pontos. Nos dois seguintes, a atleta marcou três vezes somadas as parciais. No último set, ela chegou a errar a bola em um ataque.

Para lembrar

Briga de culturas. Antes do início da partida, de um lado da quadra, um grupo mostrou um pouco da cultura da Sérvia. Do outro, brasileiros faziam uma apresentação musical.

Casa cheia. O ginásio Palatrieste esteve pela primeira, vez em seus cinco dias de disputa, com todos os 6,7 mil lugares ocupados. A maioria na quadra era de torcedores sérvios.

Presente. Na despedida das seleções da cidade de Trieste, que não receberá mais jogos de nenhuma das seleções, as capitães ganharam presente da organização.

Cartão amarelo. Pela primeira vez nesta sede, o cartão amarelo foi usado. Zoran Terzic, técnico da Sérvia, foi punido por reclamar com a arbitragem após uma marcação.