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Tricampeã do Pan, Maurren admite: "não devo ser atleta de Mundial"

Maurren Maggi comemora seu ouro no salto em distância, seu terceiro em Pans - Silvia Izquierdo/AP
Maurren Maggi comemora seu ouro no salto em distância, seu terceiro em Pans Imagem: Silvia Izquierdo/AP

Do UOL Esporte

Em São Paulo

31/10/2011 20h35

Maurren Maggi já está de volta ao Brasil dias depois de conquistar sua terceira medalha de ouro em Pans, desta vez em Guadalajara. Multimedalhista em competições continentais e campeã da última Olimpíada, a saltadora lamentou que o bom resultado nesses torneios não se repita em Mundiais.

“Quando eu voltei do Pan, brinquei com meu treinador [Nélio Moura] que eu não devo ser atleta de Mundial, porque eu sempre chego bem e acontece algum problema”, reconheceu Maurren em entrevista ao canal ESPN Brasil. "Já o Pan é diferente. Parece que a competição foi feita pra mim. Olimpíada a mesma coisa”.

De fato, o retrospecto de Maurren nessas competições diz tudo. Em torneios pan-americanos, já foram três ouros no salto em distância (Winnipeg-1999, Rio-2007 e Guadalajara-2011) e até uma prata nos 100 m com barreiras, prova que ela ainda disputava na época de seu primeiro Pan, no Canadá.

Em Olimpíadas, um primeiro trauma foi superado. Após ficar apenas em 25º lugar por conta de uma lesão muscular em Sydney-2000, a brasileira ficou com o ouro em Pequim-2008, inédito para mulheres do país no atletismo olímpico.

Mas em Mundiais, Maurren ainda não conseguiu sequer subir ao pódio. Nas duas oportunidades em que era favorita absoluta, Berlim-2009 e Daegu-2011, parou nas últimas colocações. Na Alemanha, por lesão. Na Coreia do Sul, por uma performance inexplicável.

“Eu queimei dois saltos que eram grandes e provavelmente me dariam medalha. Mas tem dia que não dá mesmo”, argumentou a saltadora à ESPN.

Se fizesse em Daegu a marca que lhe rendeu o ouro em Guadalajara, 6,94 m, Maurren seria campeã com sobras. A norte-americana Brittney Reese venceu a prova com 6,82 m.