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Após locaute, frequência de jogos da NBA é 2,4 vezes maior do que no futebol nacional

Wade, LeBron e Bosh, astros do Miami Heat, foram poupados na partida contra o Boston  - EFE/CJ GUNTHER
Wade, LeBron e Bosh, astros do Miami Heat, foram poupados na partida contra o Boston Imagem: EFE/CJ GUNTHER

Do UOL, em São Paulo

26/04/2012 06h00

Uma das temporadas esportivas mais exigentes da história termina hoje. Após a greve que parou o basquete dos EUA entre junho e dezembro de 2011, a NBA marcou 66 jogos para cada equipe em um período de 123 dias, pouco mais de quatro meses. Na média, os times entraram em quadra uma vez a cada 46 horas, menos do que dois dias entre cada partida.

A frequência é 2,4 vezes maior do que no futebol brasileiro em 2011. Como comparação, os times que mais vezes jogaram no Brasil no ano passado entraram em campo com uma frequência 2,4 vezes menor do que o basquete profissional norte-americano – lembrando que, com 90 minutos, um campo gigante e só três substituições, o futebol é mais intenso que o basquete, com 48 minutos, uma quadra menor e substituições livres.

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Considerando o início da temporada na abertura do Campeonato Paulista e o fim no Mundial de Clubes de Fifa, o Santos entrou em campo 78 vezes em 338 dias, um jogo a cada 4,3 dias – ou a cada 104 horas. O Vasco, que não foi ao Mundial, mas venceu as Copas do Brasil e Sul-Americana, jogou 74 vezes em 320 dias – as médias são praticamente as mesmas, com o Vasco entrando em campo a cada 103,7 horas.

Com tanta intensidade, o nível de jogo da NBA sofreu. O percentual de acerto de arremessos caiu ligeiramente em relação à temporada passada, de 45,8 % para 44,8%. A queda no número de pontos marcados por equipe foi maior, de 99,5 pontos na temporada 2010/2011 para 96,2 na temporada do locaute. Muito mais importante, porém, foi o aumento no número de lesões.

Os brasileiros da liga, por exemplo, tiveram problemas de lesão durante a temporada. Anderson Varejão sofreu uma fratura no pulso em fevereiro, após brilhar na temporada: marcou 14 double-doubles (dois dígitos em duas estatísticas) e era um dos líderes da equipe. Por causa de lesões no pé e nas costas, Nenê disputou apenas 37 partidas na temporada por Denver Nuggets e Wsahington Wizards. Tiago Splitter perdeu três partidas por lesão muscular na panturrilha. O único que sobreviveu foi Leandrinho, que trocou no meio da temporada o Toronto Raptors pelo Indiana Pacers.

Entre os demais jogadores, o número de lesões na reta final da competição também é alto. Dwight Howard (Orlando) e Kevin Love (Minnesota) só voltam na próxima temporada. Dwayne Wade (Miami), Chris Paul (Los Angeles Clippers), Rajon Rondo (Boston) e Deron Williams (New Jersey) têm lesões mais leves, mas não jogam nas últimas partidas de suas equipes.