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Rodada tranquila no Brasileiro para a arbitragem

César defendeu pênalti de Gabriel após se adiantar na cobrança - Thiago Ribeiro/AGIF
César defendeu pênalti de Gabriel após se adiantar na cobrança Imagem: Thiago Ribeiro/AGIF
Oscar Roberto Godoi

16/11/2018 17h42

Fazia tempo que não tínhamos pós-rodada tão tranquilo envolvendo os clubes que brigam pelo título, por uma vaga na Libertadores ou para fugir do rebaixamento. Pequenos erros da arbitragem não interferiram diretamente no resultado ou foram aceitos por jogadores, técnicos e dirigentes.

Há um provérbio popular que diz o seguinte: "o uso do cachimbo entorta a boca". No futebol, de tanto permitirem, o errado, já há algum tempo, tem se tornado correto e ninguém reclama. Estou me referindo às defesas irregulares dos goleiros em cobranças de pênaltis.

O Flamengo comemorou seu aniversário com vitória contra o Santos por 1 a 0, graças a conivência da arbitragem permitindo que o goleiro Cesar defendesse, de forma irregular, o pênalti cobrado pelo artilheiro do Brasileirão-18, Gabriel, aos 43 minutos do segundo tempo.

A regra continua sendo rigorosíssima com o goleiro, ele tem que permanecer sobre a linha, fixo ou movimentando-se lateralmente, mas com parte dos pés sobre a linha até a batida na bola. A arbitragem tem permitido que goleiros fiquem fora da linha e nunca repetem a cobrança quando o goleiro se adianta.

O maior prejudicado, o cobrador, se abate tanto por não fazer o gol que nem forças tem para reclamar da irregularidade e exigir que a regra seja cumprida. A regra beneficia tanto o executor que a cobrança deverá ser repetida, mesmo que chutada para fora ou na trave, se o goleiro avançar. Omissão e conivência juntos dão no que dão. Consagração dos goleiros.

Da maneira que agiu o árbitro Paulo Roberto, da Federação do Paraná, parece que ele não queria gol de pênalti para o Santos. No momento em que Léo Duarte derruba Gabriel na área, ele entende como jogada legal e gesticula como se o santista tivesse simulado. Errou. Foi salvo pelo colega Fabio Filipus. Até que enfim uma intervenção correta de um adicional.

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