Atacante do Bahia agredido vai à polícia, e presidente critica Mancini
Vinicius, atacante do Bahia, irá a uma delegacia de Salvador prestar queixa contra os jogadores do Vitória que o agrediram neste domingo, durante clássico pelo Campeonato Baiano.
Segundo Guilherme Bellintani, o presidente tricolor, o clube identificou quatro jogadores como responsáveis pelas agressões: Kanu, Denilson e Yago, além do goleiro Fernando Miguel, que segurou Vinicius, após ele comemorar um gol na frente da torcida rubro-negra.
O jogo terminou 1 a 1 e foi interrompido aos 32 minutos do segundo tempo porque o Vitória não tinha o número mínimo de atletas em campo. Ao todo, foram nove expulsões. Segundo o regulamento, a vitória será concedida ao Bahia.
“O Vinícius vai dar queixa criminal porque isso é caso de polícia”, disse Bellintani ao UOL Esporte. Vagner Mancini, técnico do Vitória, culpou o jogador do Bahia por ter provocado a confusão ao comemorar e desrespeitar a torcida da casa celebrando o gol perto dela.
O presidente tricolor reagiu indignado à posição de Mancini. “O cara não poder comemorar o gol na frente da torcida adversária... teria de ter alguma regra para impedir isso, mas me diga, existe essa regra? Veja que absurdo o que está sendo colocado. Estão dizendo que os atletas deles não conseguem se controlar, e partem para esmurrar um adversário. É uma vergonha isso, em que século estamos?”
O cartola disse que não foi a primeira vez que Vinicius comemorou gol com dancinha, o que provaria que ele não foi desrespeitoso com a torcida rubro-negra. “É tão recorrente que temos até um filme”, disse ele, enviando uma imagem do atacante dançando.
O clube apoiará o atleta e espera que os agressores sejam punidos. Mas Bellintani se mostrou ainda mais indignado com a atitude de Vagner Mancini durante o jogo. Na leitura do cartola, o treinador do Vitória orientou os seus jogadores a forçar uma última expulsão e causar o encerramento da partida precocemente.
Em entrevista coletiva após o jogo, Mancini negou que tenha agido assim.
“A gente luta tanto pelo avanço do futebol brasileiro, e o que vimos aqui foi um clube de futebol da Série A provocar uma última expulsão para que o time saia de campo antes do jogo com medo de uma derrota”, disse o presidente do Bahia. “Vimos um treinador que orientou o seu jogador, de forma proposital, a fazer isso. E, o pior de tudo, é ele não reconhecer que fez isso. Está muito claro. Um atleta deles, o André Lima, estava no banco, saiu a um local fora do campo, foi consultar o regulamento e depois voltou com a informação de que tinha de sair mais um.”
Nas imagens da partida, quando o Vitória estava com sete jogadores em campo, Ramon aproveita a parada da bola e vai conversar com Mancini na beira do gramado. Ele volta para perto de seus companheiros e passa alguma orientação ao goleiro Fernando Miguel. Em seguida, Bruno Bispo se posiciona na frente do árbitro e chuta a bola para longe, o que obriga o juiz a lhe mostrar o segundo amarelo e expulsá-lo.
Com seis em campo, o Vitória não pôde continuar. “Como treinador de futebol profissional, ele devia voltar e pedir desculpas, dizer que errou. Como alguém vai pedir seriedade no futebol se ele é um derrotado que sai de campo dessa forma?”, disse o presidente do Bahia.
Ao negar que tenha orientado seus jogadores a forçar a saída de campo, Mancini voltou a responsabilizar Vinicius por começar a confusão e apontou uma postagem no Instagram em que o atacante tira sarro do Barradão, o que teria acirrado os ânimos no clássico. “Se um atleta meu fizesse isso, nem entraria em campo. Eu respeito o Bahia”, disse o treinador.
Procurada, a assessoria de imprensa do Vitória disse que o clube não vai se pronunciar sobre as declarações do presidente do Bahia.
O clássico em Salvador foi o primeiro com torcida mista depois de seis jogos em que apenas uma das torcidas teve acesso às arquibancadas. Ele estava sendo apontado como “o Ba-Vi da paz”.
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