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Tirone admite que está muito difícil segurar Felipão e diz a conselheiros que demitirá técnico

Luiz Felipe Scolari e seu auxiliar, Flávio Murtosa, correm risco de deixar o Palmeiras - Julia Chequer/Folhapress
Luiz Felipe Scolari e seu auxiliar, Flávio Murtosa, correm risco de deixar o Palmeiras Imagem: Julia Chequer/Folhapress

Danilo Lavieri*

Do UOL, em São Paulo

13/09/2012 13h02

A situação de Luiz Felipe Scolari é muito complicada. Dificilmente ele ficará no comando do Palmeiras para o restante do Campeonato Brasileiro. Desde o início desta manhã, o presidente do clube, Arnaldo Tirone, tem ligado a companheiros de Conselho e afirmou que demitirá o treinador nesta quinta-feira. 

Em contato com a reportagem do UOL Esporte por telefone, Tirone disse: "Ainda não tem nada definido, mas está muito difícil [manter Felipão no cargo]".

Uma reunião entre o presidente e o técnico gaúcho acontece na tarde desta quinta, na Academia de Futebol da Barra Funda. A imprensa não terá acesso ao local e aguarda novidades no portão do centro de treinamento.

"Agora f..., estou com o c.. na mão. Vou precisar demitir", disse Tirone a um conselheiro que preferiu não se identificar.

Além disso, o mandatário ainda enfrenta a pressão de todo o grupo de Affonso Della Mônica. Além da comissão técnica, esses conselheiros exigem também uma limpa no departamento jurídico, chefiado por Piraci de Oliveira, que é rival da maioria dos integrantes do grupo do ex-presidente. 

Há, no entanto, uma descrença em relação à promessa do cartola por três motivos. Primeiro, porque durante seus quase dois anos de gestão, Tirone já cravou que tomaria decisões e, na hora, acabou recuando. Segundo, pelo receio de deixar o time sem um comandante às vésperas de clássico contra o Corinthians. Por último, pela falta de nomes de reposição. 

De olho nisso, conselheiros também já fazem até sugestões de nomes para o cartola. Alguns ligados à chapa UVB (União Verde e Branca) já consultaram cardeais como Luiz Gonzaga Belluzzo e Wlademir Pescarmona para saber o que os dois achariam do nome de Emerson Leão, hoje no São Caetano. O técnico, aliás, é o nome mais forte no Palmeiras também pela proximidade com Arnaldo Tirone. Eles são amigos de longa data, desde a época em que o treinador era goleiro da equipe nos anos 1970. Há, ainda, a sugestão de Gilson Kleina, hoje na Ponte Preta. 

"Eu falo isso com dor no coração. Eu sou amigo e gosto muito do Felipão. Mas precisamos de duas coisas. O último remédio da caixa (demissão de Felipão) e de um presidente que tem tinta na caneta. Ele prometeu que demitiria, mas quero ver se ele vai mesmo fazer", disse o ex-diretor de futebol, Wlademir Pescarmona. 

Na madrugada de quarta-feira para quinta, após a derrota por 3 a 1 para o Vasco, Luiz Felipe Scolari conversou bastante com o gerente de futebol, César Sampaio. O treinador manifestou sua vontade de ficar, mas ouviu do dirigente que uma conversa nesta quinta-feira definiria o futuro da comissão técnica. Logo depois do jogo ele já havia dito que não poderia garantir o comandante.

Nesta quinta-feira, o Palmeiras fugiu de uma "torcida fantasma" e saiu pela pista do Aeroporto de Congonhas para evitar o contato com a imprensa. O receio era de que um protesto fosse acontecer, mas ninguém compareceu ao local.

Às 15h, está prevista uma reapresentação na Academia de Futebol para um trabalho com o elenco, mesmo horário que a reunião começará. 


*Atualizada às 15h33

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