Tirone descarta Jorginho e Leão, diz que busca desempregados e que Felipão precisava de férias
O presidente do Palmeiras, Arnaldo Tirone, afirmou que não trabalha mais com os nomes de Emerson Leão e de Jorginho para substituir Luiz Felipe Scolari. Os dois estão, respectivamente, no São Caetano e no Bahia atualmente. Segundo ele, o plano, agora, é ir atrás de técnicos que estejam no mercado de trabalho para que o martelo seja batido até a próxima segunda-feira, um dia após a sua equipe ter enfrentado o Corinthians, no Estádio do Pacaembu.
Ainda em entrevista ao UOL Esporte, o dirigente afirmou que houve, sim, uma multa na demissão de Luiz Felipe Scolari, mas que ela não foi integral e nem perto da rescisória que constava em contrato. Ele admite que o grupo sentiu a saída do técnico, mas lamentou o desgaste natural de uma relação de mais de dois anos.
Por fim, Tirone ainda afirmou que Cristóvão Borges e Adilson Batista são dois nomes que podem ser trabalhados nos próximos dias, mas fez questão de negar que já tenha entrado em contato com qualquer um deles. Até Narciso ainda pode ser considerado uma opção para até o fim do ano.
Confira a entrevista completa de Arnaldo Tirone ao UOL Esporte:
UOL Esporte: Você já tem algum nome para substituir o Felipão? Leão e Jorginho são mesmo seus favoritos?
Arnaldo Tirone: Não conversamos oficialmente com ninguém, a gente só sondou alguns que já estão empregados, mas os times não quiseram liberar. Então quero definir até segunda-feira um novo nome. Ainda não posso te adiantar quem é.
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UOL Esporte: A estratégia, então, passa a ser de buscar um desempregado?
Arnaldo Tirone: Sim, acho que esse é o caminho natural. Vamos ter que buscar um desempregado para suprir nossa necessidade. Você viu o Vasco? Foi atrás do técnico que estava no Coritiba há um bom tempo, e ele estava desempregado.
UOL Esporte: Por falar em Vasco, o Cristóvão acabou de sair de lá. É um nome que você analisa? E o de Adilson Batista?
Arnaldo Tirone: São bons nomes, você não acha? Mas não conversei com nenhum deles, não.
UOL Esporte: Você considera a possibilidade de ficar com Narciso até o fim do ano?
Arnaldo Tirone: Não posso descartar isso, não. De jeito nenhum. Nunca se sabe o que vai acontecer. E se ele for muito bem nesse pouco tempo? Além disso, não adianta trazer qualquer nome só para fechar o buraco.
UOL Esporte: Os jogadores vão sentir muita falta de Felipão?
Arnaldo Tirone: Os caras, na sua maioria, gostavam muito do Felipe. Claro que tinha algum desgaste natural dele com os jogadores, mas isso é normal de um ambiente igual de dois anos e dois meses. Não tem como ficar sempre tudo bem. Mas eu achei que precisava parar com o trabalho dele e ele também achou que precisava sair.
UOL Esporte: Mas foi você que demitiu ou ele que pediu para sair?
Arnaldo Tirone: Foi uma decisão em comum. Eu achei que ele poderia sair agora e ele entendeu que não tinha mais como ficar. Ele estava precisando de férias. Eram dois anos trabalhando direto. Você consegue fazer isso? Ninguém consegue. Teve um desgaste e ele precisou sair.
UOL Esporte: Então porque você precisou pagar multa?
Arnaldo Tirone: Ué, se amanhã uma empresa me demitir, eu vou querer que eles paguem o que me devem. Nós acertamos um valor com o Felipe, mas foi bem longe da multa. Não teve nada a ver com a multa contratual. Foi só um valor que ele deveria receber. Acho que isso é normal.
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