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Presidente do Vasco lamenta troca de setores: 'Se fosse torcedor, não iria'

O presidente Roberto Dinamite lamentou a decisão do Fluminense após reunião na Ferj - Pedro Ivo Almeida/ UOL Esporte
O presidente Roberto Dinamite lamentou a decisão do Fluminense após reunião na Ferj Imagem: Pedro Ivo Almeida/ UOL Esporte

Renan Rodrigues

Do UOL, no Rio de Janeiro

17/07/2013 20h11

O presidente do Vasco, Roberto Dinamite, deixou a reunião na Ferj (Federação de Futebol do Rio de Janeiro), nesta quarta-feira, após quase quatro horas, e confirmou que os setores da torcida serão invertidos no clássico deste domingo, no Maracanã. O mandatário lamentou a decisão do Fluminense, disse que tinha apoio dos responsáveis pela organização do jogo e manifestou apoio se os vascaínos não quiserem ir ao estádio como forma de protesto.

"A decisão de ir ou não é do torcedor, tem que respeitar e acatar. Mas senti muito a escolha, como as coisas se resolveram. Eu, como torcedor, não iria ao Maracanã neste final de semana", disse Roberto Dinamite, que também criticou o Complexo Maracanã Entretenimento S/A por não ter ouvido os outros clubes na formatação dos setores e acessos.

"Houve uma falha nesse sentido. O consórcio deveria ter chamado os quatro clubes grandes para conversar, independente de assinar o contrato ou não. Definir questões que poderiam ser resolvidas antes disso. Infelizmente isso não foi feito e agora é vida que segue, vamos buscar o melhor para o Vasco na partida da volta. Temos nossa torcida e merecemos respeito", completou o mandatário.

A relação entre as duas diretorias também sofreu um desgaste. O presidente do Vasco lembrou que cedeu São Januário - mediante pagamento de aluguel - para o Fluminense atuar no Rio de Janeiro durante o fechamento do Engenhão. O estádio arrendado pelo Botafogo está fechado desde março por problemas na cobertura. Dinamite disse que a falta de diálogo causou o problema dias antes do duelo no Maracanã.

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"Só lamento essa decisão, sempre busquei o entendimento com os clubes, principalmente com o Fluminense. Cedemos São Januário, buscamos a boa relação. Em razão do contrato, teremos que cumprir [a troca de setores]. Acho que as coisas poderiam ser resolvidas para que uma tradição de mais de 40 anos fosse mantida", finalizou Dinamite.

O Fluminense deixou a reunião algumas horas antes e o presidente Peter Siemsen só declarou que a decisão estava mantida e que não havia mais o que declarar. Ele havia concedido entrevista coletiva na parte da tarde informando que a posição tricolor seria mantida até o final por conta do contrato assinado. Declarou também que não via a mudança de acesso como empecilho para a realização da partida.

A torcida do Vasco costumava ficar do lado direito das cabines de televisão, enquanto o Fluminense habitualmente se concentrava do setor oposto, na rampa do Bellini. As posições, porém, foram invertidas após o acordo do Tricolor com o consórcio que administra o Maracanã.

Em ofício enviado a CBF na última terça-feira, a Ferj se exime de responsabilidade pela realização da partida nos termos tricolores e diz que não teve conhecimento de detalhes do contrato assinado pela equipe das Laranjeiras com a Complexo Maracanã.

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