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Ceará alega reciprocidade e não dará espaço à torcida do Atlético-PR

Estádio Presidente Vargas só tem 16 mil lugares e atleticanos não tem ingressos garantidos - Aguirre Talento/Folhapress
Estádio Presidente Vargas só tem 16 mil lugares e atleticanos não tem ingressos garantidos Imagem: Aguirre Talento/Folhapress

Napoleão de Almeida

Colaboração para o UOL

09/08/2018 16h10

Mais um clube adotará reciprocidade antecipada e irá vetar a presença de torcedores do Atlético Paranaense em seu estádio, emulando a medida do Furacão com o Ministério Público do Paraná que inibe visitantes com a camisa dos seus clubes na Arena da Baixada, chamada de “Torcida Única”. Depois do Paraná Clube e do Botafogo, desta vez é o Ceará, que anunciou em nota oficial que irá barrar a entrada de torcedores atleticanos uniformizados no jogo de sábado (11), no Estádio Presidente Vargas, em Fortaleza, válido pelo primeiro turno do Brasileirão.

Em nota oficial, o Ceará informou que comercializará 5 mil entradas para o jogo, além de cerca de 10 mil lugares garantidos para seus sócios, sem separar nenhum bilhete aos torcedores do Atlético que, entretanto, não estarão impedidos de comprar ingressos. “Basicamente é a mesma coisa que acontece na Arena da Baixada. Torcedor do Atlético não vai ficar sem ver o jogo não, mas não vai ter espaço reservado. Pode comprar normal, com valor promocional. A recomendação nossa é de que não vá com camisas”, explicou Israel Simonton, assessor de imprensa do Vozão.

Entretanto, o atleticano que for à Fortaleza poderá não conseguir ingressos, que já estão à venda nas lojas do Ceará, já que a própria diretoria do Furacão não teria solicitado reserva de entradas, de acordo com o clube cearense. É o risco que corre o empresário Fernando Azevedo, que gastou cerca de R$ 4 mil para programar a viagem com a família e ver o jogo no Ceará, mas poderá dar com a porta na cara.

“Eu viajo todos os jogos, me falaram que não tem mais como voltar atrás, não adianta eu ligar lá (no Ceará). Todos os que não vão poder cancelar passagem vão lá, não sei o que vamos fazer, chamar a polícia, sei lá”, reclamou, citando que iria pedir ajuda à diretoria do próprio Atlético, que é o único clube de Curitiba a aceitar a medida em conjunto com o MP-PR.