Maurício Ramos fala em feriado nacional pós-título, mas tragédia em caso de eliminação

É muito comum usar o ditado para dizer que o futebol está entre o céu e o inferno. Esta segunda-feira no Palmeiras foi mais um dia de frases de efeito e ditos populares para tentar explicar o significado de um título e de uma eliminação na Copa do Brasil após uma vantagem tão grande conseguida em Porto Alegre, diante do Grêmio. Um dos jogadores, que, aliás, já está ficando famoso por isso, é Maurício Ramos.

"O Palmeiras está necessitado de um título de expressão faz dez anos. Se a gente ganhar, e que isso aconteça em nome de Jesus, vai ser feriado nacional. São dez anos sem nada, cara. Por isso, quinta-feira vamos entrar para respeitar muito o Grêmio", disse o zagueiro que voltou a ser titular após a mudança tática de Felipão, com Henrique atuando como volante.

Mas "existe o outro lado da moeda". A torcida palmeirense já praticamente pensa em quem será o adversário da final, especialmente após a larga vantagem conseguida no Olímpico. No jogo de ida, o time paulista venceu por 2 a 0 e, caso marque um gol na Arena Barueri, precisará tomar três para ser eliminado, graças ao critério eliminatório de gols fora de casa. A vantagem é grande, mas "o futebol é uma caixinha de surpresas".

"Seria uma tragédia. Ia ser muito terrível. Contra o Goiás, na semifinal da Sul-Americana (em 2010), nós erramos e a torcida saiu se lamentando. É o que eu falei, vamos fazer o jogo da nossa vida", explicou Maurício para usar mais um verbete famoso no futebol. "A torcida vai ser o nosso 12º jogador".

A possível tragédia seria também histórica e inédita. Nunca na Copa do Brasil um time abriu 2 a 0 em uma semifinal e depois acabou eliminado com o jogo de volta. Foram 17 vezes em que essa mesma situação se repetiu. Quinta-feira, os palmeirenses torcem para que seja a 18ª.