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Em busca de um grande título pelo Atlético, Pratto pode ter a última chance

Lucas Pratto chegou perto do título brasileiro duas vezes e agora tenta ganhar a Copa do Brasil - Pedro Vilela/Getty Images
Lucas Pratto chegou perto do título brasileiro duas vezes e agora tenta ganhar a Copa do Brasil Imagem: Pedro Vilela/Getty Images

Victor Martins

Do UOL, em Belo Horizonte

06/12/2016 06h00

Apresentado como reforço do Atlético-MG no dia 7 de janeiro de 2015, o atacante Lucas Pratto chegou à Cidade do Galo com duas missões. Fazer gols e conquistar grandes títulos. A primeira ele conseguiu. São 42 gols marcados em 103 partidas pelo clube, o que faz do argentino o estrangeiro com mais gols na centenária história atleticana.

Mas ainda falta uma grande conquista. Campeão mineiro em 2015, Lucas Pratto nunca escondeu o desejo de ganhar algo grande com a camisa do Atlético. Na apresentação, em janeiro do ano passado, o argentino falava em Copa Libertadores e Mundial. Não deu. Foram duas eliminações no torneio sul-americano, nas oitavas de final, em 2015, e nas quartas de final, em 2016.

Após chegar perto duas vezes no Campeonato Brasileiro, com o vice-campeonato do ano passado e o quarto lugar da atual temporada, Lucas Pratto pode ter nesta final de Copa do Brasil a última chance de conquistar algo grande com a camisa do Atlético. Titular da seleção argentina e com muitos gols nos últimos jogos, Pratto está valorizado e cobiçado por muitos clubes, inclusive por equipes brasileiras.

“É a primeira vez que chego em uma decisão importante com o clube. Espero conseguir um título importante nesta final. Seria fantástico conseguir o título e entrar na grande história do Atlético”, disse Lucas Pratto, a grande esperança de gols da torcida alvinegra diante do Grêmio.

E para deixar o Atlético com uma grande conquista, Lucas Pratto sabe que seus gols serão importantes. Como perdeu o primeiro jogo, no Mineirão, por 3 a 1, o time mineiro precisa vencer por dois gols de diferença para levar a decisão por pênaltis. Para ser campeão após 90 minutos, o Atlético precisa vencer por três ou mais gols de diferença. Desde 2015 não existe mais o critério de gol qualificado na casa do adversário na decisão da Copa do Brasil.

Após o primeiro ano de Belo Horizonte, Pratto já recebeu algumas propostas. Entre janeiro e fevereiro foram algumas tentativas de clubes espanhóis e chineses. A maior proposta foi de cerca 16 milhões de euros (R$ 69 milhões na cotação da época), porém o Atlético optou pela manutenção do atacante, já que a próxima Libertadores estava perto de começar e não tinha tempo suficiente para buscar um outro centroavante.

Problema que não existe mais, já que em junho o clube mineiro buscou Fred, no Fluminense. E como era esperado, mais propostas chegaram por Pratto entre julho e agosto, mas por valores que não agradaram à direção atleticana. Embora não tenha recebido nenhuma oferta ainda pelo atacante, o presidente Daniel Nepomuceno faz somente uma exigência. Receber o valor à vista, como foi na negociação do zagueiro Jemerson com o Monaco, da França.

E como centroavante está valorizado, em bom momento no Atlético e titular da seleção argentina, ao lado de Messi, deixando jogadores como Higuaín e Aguero no banco de reservas, Nepomuceno avisa que somente uma grande oferta será capaz de tirar Lucas Pratto de Belo Horizonte.

“Desde que o Lucas Pratto pisou no Atlético eu escuto essa história. Todo mundo quer comprar e se eu vou vender ou não vou. Se for bom para o clube, se pagarem o valor que ele merece, vamos avaliar e vender. O valor dele fica cada vez mais alto, então esperamos uma proposta boa”.

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