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Lucas Silva precisou gerir chateação com reserva para não prejudicar equipe

Do UOL, em Belo Horizonte

18/10/2018 04h00

Lucas Silva foi titular do Cruzeiro na maior parte da campanha do hexacampeonato da Copa do Brasil, mas perdeu seu posto nas duas finais contra o Corinthians. Após a vitória por 2 a 1 que deu o sexto título à equipe mineira, o volante comentou sobre seu momento e revelou ter ficado muito chateado por ter ido para o banco de reservas, mas contou como lidou com a situação para não prejudicar a equipe e ajudar em campo quando necessário.

"Confesso que fiquei muito chateado, foi um dos momentos de maior chateação que tive. Mas eu não poderia deixar isso transparecer para o grupo, jamais iria brigar com o grupo e com o treinador. Tentei administrar da melhor forma. Fiz toda a campanha e queria muito esse título", comentou o volante, que deixou a equipe titular na partida da ida para a entrada de Ariel Cabral.

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Após o fim do primeiro jogo, Mano Menezes explicou a situação que pegou os torcedores de surpresa. Para o treinador, Ariel possuía melhor saída de bola e poderia ser mais útil dentro de campo devido à postura mais defensiva do Corinthians. Ao ouvir do comandante que a mudança não se deu por causa de sua queda de rendimento, Lucas precisou administrar a situação e recolocar a cabeça no lugar para voltar a ajudar o time e levantar seu sexto título pelo clube.

"Alguns amigos brincam que eu sou o ‘chama título’. Estou muito feliz. Sabia que eu seria importante para o time se eu pudesse entrar. Tive uma conversa com o Mano, ele me disse que era por uma questão tática, não por eu estar jogando mal. Então, eu entendi o lado do treinador também", acrescentou.

Este foi o sexto título do Cruzeiro no torneio e de Lucas Silva com a camisa celeste. Revelado na Toca da Raposa, o volante faturou dois brasileiros e um mineiro antes de se transferir para o Real Madrid. Após ser repatriado por empréstimo, Lucas voltou a ganhar um estadual e levantou as duas últimas Copas do Brasil.

"O primeiro jogo foi muito pilhado, é ruim ficar de fora do campo. No banco, você tem que ajudar o time de alguma forma, gritando, ajudando os companheiros. Mas no decorrer da partida eu sabia que poderia ser mais útil. No segundo jogo, o Mano falou para eu ficar atento e ligado com isso. Comecei a olhar a partida de forma mais tática e pude corresponder", encerrou o volante, que entrou aos 35 minutos do segundo tempo na partida final.