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Libertadores - 2019

Um dos acusados na Bolívia já foi punido por confusão em estádio no Brasil

Torcida corintiana em Oruro, durante o jogo com o San Jose - AP Photo/Juan Karita
Torcida corintiana em Oruro, durante o jogo com o San Jose Imagem: AP Photo/Juan Karita

Ricardo Perrone e Rodrigo Mattos

Do UOL, em São Paulo

22/02/2013 17h22

Um dos acusados de participação na morte do adolescente boliviano, em Oruro, o tesoureiro da Gaviões da Fiel, Tadeu Macedo Andrade, 30, já foi condenado judicialmente no Brasil por confusão no jogo do Corinthians, em São Paulo. Ele teve de prestar serviços comunitários durante as partidas do time.

Nesta sexta-feira, ele e outros 11 torcedores tiveram as prisões preventivas decretadas na Bolívia por suposto envolvimento no homicídio de Kevin Douglas Beltran Espada, de 14 anos, ocorrido durante o jogo entre San Jose e Corinthians, em Oruro, pela Libertadores. O torcedor nega ter qualquer participação no lançamento do artefato.

O processo que correu contra Andrade foi iniciado em 2008 por problemas causados por ele em estádio. Não há informações na ação, nem do seu advogado, de qual foi de fato a contravenção penal cometida pelo torcedor. Mas fato é que foi réu enquadrado no artigo 42, que trata de perturbar alguém no trabalho ou sossego alheios. Pode ter incomodado com gritaria, algazarra, ou abusado de instrumentos sonoros, entre outros itens, segundo o Código Penal.

"Não lembro direito o que aconteceu com o Tadeu. Mas sei que ele fez um acordo e já cumpriu", afirmou o advogado da Gaviões da Fiel Ricardo Cabral. O acordo ocorreu entre o Ministério Público e os acusados, além de Tadeu, eram outros três.

Sua punição foi prestar 28 horas de serviços comunitários para uma instituições pública. Essa pena teve que ser cumprida em dias de jogos do Corinthians, duas horas antes, durante a partida, e duas horas depois. Durou um mês sua prestação de serviços.

Segundo Cabral, o dirigente da Gaviões nem estava no local onde foi efetuado o disparo do sinalizador contra o torcedor boliviano. "Ele se apresentou depois para os policiais como responsável pela torcida. E aí foi preso", afirmou o advogado.