Corinthians ostenta favoritismo inédito diante do Boca na Bombonera
O Corinthians vai encarar o Boca Juniors em uma mata-mata da Copa Libertadores em uma situação praticamente inédita na história do clube argentino: o clube do Parque São Jorge é favorito. Os números do gigante portenho e o retrospecto diante dos brasileiros ao longo da história apontam uma fragilidade nunca antes demonstrada por eles no torneio, e que pode ser aproveitada pelos atuais campeões mundiais.
Desde 1963, quando participou da Copa Libertadores pela primeira vez, o Boca já cruzou brasileiro no mata-mata em 13 oportunidades, e saiu vencedor em dez delas. Se considerarmos que dez desses confrontos aconteceram de 2000 em diante, é fácil perceber o peso que o clube argentino, dono de seis títulos do torneio continental, adquiriu no imaginário coletivo verde-amarelo.
PÊNALTIS SÃO PONTO FRACO DO CORINTHIANS E PODEM AJUDAR O BOCA
Neste semestre, o Boca Juniors se especializou em cometer pênaltis. O que seria uma vantagem para o Corinthians, pode virar um pesadelo, já que o clube brasileiro perdeu quatro das oito cobranças que teve a seu favor. Para piorar, os atuais campeões mundiais terão pela frente um goleiro especializado no fundamento.
Orion, de 31 anos, é um dos poucos jogadores que hoje se salva da má fase do time argentino, que não vence há dez rodadas no Campeonato Argentino e igualou seu recorde negativo que datava de 1957.
Nome certo no time que vai enfrentar o Corinthians na próxima quarta, na Bombonera, ele já defendeu três pênaltis somente neste semestre. Ao todo, o Boca levou seus adversários sete vezes para a marca da cal, mas levou o gol em apenas três oportunidades (em uma delas o chute foi para fora). Leia mais aqui.
Ao longo dos anos, o Boca já derrubou Cruzeiro, Palmeiras (ambos duas vezes), Paysandu, Santos, São Caetano, Grêmio, Fluminense e o próprio Corinthians, nas oitavas de 1991. Os únicos times a vencê-los foram o Santos de Pelé, na final de 1963; o Fluminense de Washington e Thiago Neves, na semi de 2008; e o Corinthians de Emerson e Romarinho, na final do ano passado.
Em nenhuma dessas eliminatórias, porém, o Boca chegou com o retrospecto tão desfavorável. Neste ano, a equipe do veterano Juan Roman Riquelme jogou três vezes na Bombonera: perdeu duas e ganhou apenas uma, do frágil Barcelona-EQU.
Todas as vezes que teve um brasileiro pelo caminho, o Boca apresentava números melhores. Dos 13 confrontos eliminatórios, em apenas três oportunidades a equipe argentina somava uma derrota nas fases anteriores. A primeira foi em 2003, na final diante do Santos de Diego e Robinho. No ano passado, o time portenho perdeu de 1 a 0 do Fluminense na fase de grupos, e carregou o revés inesperado para os confrontos com os próprios cariocas (uma vitória suada nas quartas) e para a final com o Corinthians, que acabou com o título dos brasileiros.
Além disso, também pesam contra a equipe atual outros números vexatórios. Os comandados de Carlos Bianchi venceram apenas uma partida no Campeonato Argentino, justamente a primeira. Desde então, são dez rodadas sem um triunfo, recorde negativo na história do clube desde 1957 e pior início de um Nacional desde que foi adotado o atual formato, no início da década de 1990.
RELEMBRE COMO O CORINTHIANS GANHOU DA PONTE NO ÚLTIMO DOMINGO
Em geral, o tradicional favoritismo do Boca pesa. Em todos os confrontos com brasileiros, o time argentino só foi derrotado em duas oportunidades. A primeira foi em 1963, diante do Santos de Pelé. A segunda foi em 2003, com a inesperada derrota de 1 a 0 para o Paysandu, que terminou com vitória no jogo de volta em Belém por 4 a 2 e classificação no torneio que terminaria vencendo.
Neste ano, também pesa a força do adversário. Em 2012, o Corinthians jogou fora a imagem de clube frágil em competições internacionais e venceu com méritos a Copa Libertadores e o Mundial de Clubes. Agora, chega ao duelo da Bombonera com as credenciais adquiridas, a quarta melhor campanha da fase de grupos e um elenco reforçado em comparação com o último ano. Mesmo assim, os jogadores fazem questão de rechaçar qualquer rótulo de favoritismo.
“Não é favorito, apenas estamos numa sequencia maior de vitórias que a do Boca, mas o respeito é o mesmo. É um momento totalmente diferente do Boca. É uma equipe que tem de ser respeitada, que sabe disputar muito bem essa competição. Independentemente do momento que eles vivem, não podemos bobear”, disse Paulinho, na última segunda.
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