Atleticanos acampados em frente à sede exigem jogo final no Mineirão

Acampados desde a madrugada da última quinta-feira nas imediações da sede administrativa do Atlético-MG, no Bairro de Lourdes, na Zona Sul da capital mineira, centenas de torcedores iniciaram, na manhã desta terça-feira, movimento para pressionar a diretoria do clube a aceitar jogar no Mineirão, contra o Olímpia, em 24 de julho. “Não é mole não, o jogo tem de ser no Mineirão”, pedem, aos gritos, os atleticanos.

Os torcedores estão acampados à espera do início da venda dos ingressos para o segundo jogo da decisão da Libertadores, cujo planejamento oficialmente não foi divulgado, pela resistência atleticana de atuar no Mineirão, como determinou a Conmebol. A diretoria atleticana,  com apoio da Confederação Brasileira de Futebol, trabalha para levar a partida para o Independência.

Sem informações oficiais e temendo que a marcação do jogo para o Estádio do Horto deixará muitos dos torcedores que estão na fila fiquem sem ingressos, levam os torcedores a apoiar a decisão da Conmebol e exigem o jogo no Mineirão.

“Estou aqui na esquina e sei que se o jogo for no Independência não vou conseguir ingresso, por causa do Galo na Veia prata”, afirmou Iuri Mateus, que veio de Vitória no Espírito Santo, à Rádio Itatiaia. “Time bom joga em qualquer lugar, se a gente for para o Mundial o Kalil não vai levar o Independência dentro do avião. O Galo joga em qualquer lugar”, acrescentou.

Um outro torcedor, que se identificou como Charles, de Ibirité, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, disse que o presidente Alexandre Kalil “pisou na bola” ao não dar satisfação. “Estamos apoiando a Conmebol e não o Kalil. Porque se o jogo for no Mineirão vai caber todo mundo que está aqui”, salientou.

Alguns torcedores chegaram ameaçar com o fechamento da Avenida Olegário Maciel, onde está localizada a sede administrativa do Atlético-MG, nesta quarta-feira, dia do primeiro jogo da fila, no Estádio Defensores del Chaco, no Independência.