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Palmeiras usa Libertadores para consolidar imagem de "time de guerreiros"

Danilo Lavieri e José Edgar de Matos

Do UOL, em São Paulo

16/03/2017 04h00

Uma vitória suada, nos acréscimos dos acréscimos, time de guerreiro, se não dá na técnica vai na raça. Todas essas frases marcaram o pós-jogo do Palmeiras em cima do Jorge Wilstermann na noite da última quarta-feira (15), no Allianz Parque. Yerri Mina fez o gol aos 50 minutos do 2º tempo e colocou o time na liderança do grupo 5 da Libertadores com quatro pontos.

O primeiro deles havia sido conquistado na Argentina, no empate por 1 a 1 com o Atlético Tucumán, com um jogador a menos desde os 25 minutos do 1º tempo. E no pós-jogo o discurso já havia sido o mesmo, especialmente com Felipe Melo, que se exaltou ao comemorar o ponto conquistado fora de casa.

Na quarta-feira, o primeiro a usar as expressões foi Dudu, ainda na saída de campo. "Acho que nosso time desde a Argentina está sendo guerreiro, não está desistindo das jogadas. Hoje a gente lutou até o último momento. De novo não fizemos uma boa partida, o time deles enrolou muito com a bola, mas a Libertadores é assim. Isso serve para quando for jogar fora de casa também", afirmou o camisa 7.

Felipe Melo, que teve destaque em campo, especialmente no segundo tempo, também aproveitou a ocasião para ressaltar a entrega de seus companheiros.

"A gente teve 90 minutos de paciência, luta e muito combate e garra para buscar o gol. Futebol sul-americano é assim, aqui não é que nem a Champions League", analisou o experiente jogador.

Edu Dracena, que substituiu o suspenso Vitor Hugo contra os bolivianos, é um dos mais experientes do elenco em termos de Libertadores. O atleta repetiu o mesmo discurso de seus companheiros.

"Vencer de maneira bonita, jogando bem, na bola e na técnica é importante. Mas se não dá na técnica vai assim mesmo", ponderou.

Por fim, Eduardo Baptista mostrou que tem a mesma ideia para formar a equipe nesta disputa da Libertadores. Depois de elogiar bastante a vontade do primeiro jogo da competição, na Argentina, o técnico citou de novo a entrega de seus atletas.

"Vitórias não podem empolgar, mas essa de hoje nos mostra um time com identidade, extremamente aguerrido e técnico. Tentamos jogar a todo momento, mesmo contra uma primeira linha de cinco, com quatro na segunda linha de marcação, um adversário muito compacto. O nosso time está criando uma identidade de luta, sem deixar a qualidade técnica de lado. Tem muito para percorrer, mas essa semana está sendo boa, mostrando um caminho bom para ser seguido".