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Média de Deivid supera a de Mano, mas números ainda não convencem

Cruzeiro ainda não convenceu nos primeiros dez jogos com Deivid na temporada - Washington Alves/Light Press/Cruzeiro
Cruzeiro ainda não convenceu nos primeiros dez jogos com Deivid na temporada Imagem: Washington Alves/Light Press/Cruzeiro

Enrico Bruno

Do UOL, em Belo Horizonte

14/03/2016 08h42

Alcançar seis vitórias, três empates e apenas uma derrota em dez jogos não é tarefa fácil para qualquer treinador no atual cenário brasileiro. Foi assim que Deivid começou seus dois primeiros meses no comando do Cruzeiro. Com um aproveitamento atual de 70%, o treinador conta com os números a seu favor e já supera o rendimento do antecessor Mano Menezes (62,5% em 16 jogos). No entanto, a dificuldade para encontrar um padrão de jogo ainda gera questionamentos e pressões por desempenhos aquém do esperado.

Em 16 jogos pelo Cruzeiro na reta final de 2015, Mano Menezes não só afastou a ameaça do rebaixamento, como também encontrou um padrão de jogo para a equipe, tornando-a mais segura em todos os setores, obtendo oito vitórias, seis empates e apenas duas derrotas. Com Deivid, o time já encara um dos piores inícios de temporada, marcando em média um gol por partida no estadual.

Apesar das vitórias e da liderança no Campeonato Mineiro, por poucas vezes o rendimento dos jogadores foi considerado convincente. A preocupação do torcedor aumenta justamente quando analisados os compromissos feitos até o momento, na maioria deles contra equipes do interior mineiro. Além disso, o único triunfo com mais de um gol de diferença aconteceu em um amistoso, vencido por 2 a 0 diante do Rio Branco-ES.

Parte dos questionamentos também pode ser explicada pela procura de Deivid pelos 11 atletas titulares, que ainda não estão totalmente definidos. Na vitória contra o Atlético-PR, que fechou a participação celeste na Primeira Liga, alguns reservas aproveitaram bem a oportunidade e deixaram o campo elogiados pelo auxiliar Pedrinho, que enxergou novas opções para tentar arrumar o time. É o caso de Marciel e Federico Gino.

“A gente ficou satisfeito com todos esses atletas que jogaram. Vão os meus parabéns para o departamento físico, da fisiologia. Todos jogaram com uma intensidade enorme. Foi um trabalho muito interessante. Eram jogadores que treinavam bem, mas tivemos esse feedback agora. Isso que é muito importante”, comentou o auxiliar.