Elenco do Corinthians mantém "lei do silêncio" após quarta derrota
Após a derrota por 2 a 0 para o Bragantino, no Pacaembu, e novos protestos da torcida nas arquibancadas, o elenco do Corinthians manteve o silêncio e se recusou a falar sobre o episódio do último sábado, quando cerca de 200 torcedores invadiram o CT Joaquim Grava, hostilizaram o ambiente, cometeram furtos e agrediram pessoas.
“É... O que aconteceu? Talvez eu fique falando meia hora e ninguém vai entender. Nós comnbinamos de não falar, da minha parte vou permanecer em silêncio. Esse foi um acordo que nós atletas fizemos. Passariamos horas e horas e não conseguiriamos explicar o que aconteceu”, disse o atacante Emerson Sheik, após a partida, à Rádio Globo.
O volante Ralf desceu rapidamente para os vestiários e admitiu a orientação para não conceder entrevistas.
Nas arquibancadas, o principal torcida organizada protestou de forma diferente: permaneceu em silêncio durante os primeiros 40 minutos de jogo, e só começou a cantar no fim do primeiro tempo. A partir dos minutos finais do jogos, foram hostilizados o técnico Mano Menezes, o presidente Mario Gobbi e todo o elenco. Houve protestos até contra a possível paralisação do Paulistão, em decorrência dos episódios no CT no último sábado.
“Primeiro é importante entender o porquê da greve. Eu particularmente não sei os motivos da greve. Existe, sim, motivos para que um dia essa greve possa acontecer. Eu quero entender o porquê da greve para me posicionar. Não estou dentro nem fora da greve, quero entender pra tirar minhas conclusões”, despistou Sheik.
O atacante ainda pediu autocrítica aos companheiros e admitiu que a fase é extremamente negativa.
“Não está legal, falta confiança, no futebol nós sabemos como as coisas podem melhorar. Treinando, buscando não sei de onde. Motivação não precisa porque só de vestir esssa camisa já é muita motivação. Cada atleta precisa reconhecer que não está legal. Melhorar para a parte coletiva aparecer novamente. Ninguém deixou de saber jogar futebol”, concluiu o atacante.
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