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FPF explica VAR só no mata-mata e vê boicote do Palmeiras: "Vem quem quer"

Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol - Rodrigo Corsi/FPF
Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol Imagem: Rodrigo Corsi/FPF

Danilo Lavieri e Pedro Lopes

Do UOL, em São Paulo

23/10/2018 13h48

O presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), Reinaldo Carneiro Bastos, explicou a decisão tomada pelos clubes de adotar a arbitragem com a ajuda do vídeo só a partir do mata-mata no Estadual de 2019. Segundo ele, é necessário tempo para preparar juízes, clubes e atletas para a tecnologia no futebol.

Em entrevista concedida nesta terça-feira (23), minutos após o sorteio dos grupos, o cartola disse que ainda há muito para ser trabalhado e que a tecnologia não seria 100% eficiente se fosse adotada na 1ª fase. O custo, de R$ 28 mil por partida, é totalmente bancado pela entidade.

"Não é só capacitar, ter apoio da Fifa e colocar para funcionar. Precisamos treinar muito para que as regras sejam claras. Os clubes foram felizes de decidir assim, porque todos querem o VAR definido, com regras, coisas concretas. Temos muito trabalho pela frente, para treinar árbitros, reunir clubes e atletas, trabalhar com CBF e Fifa. É trabalho árduo para chegar nas quartas com tudo definido", analisou.

O evento desta terça-feira teve um Conselho Técnico para a definição das regras da competição e para a realização do sorteio dos grupos. Rompido com a FPF, o Palmeiras não compareceu ao encontro por opção própria, como já havia anunciado Maurício Galiotte.

Reinaldo disse que está pronto para fazer as pazes com o Alviverde e comentou a ausência do time na reunião.

"O Paulista fala por si só. O Palmeiras é gigante, tem torcida gigante, elenco gigante e um treinador vencedor. Queremos a participação de todos. Nós já tivemos a ausência de outros presidentes. Eles (Palmeiras) seriam bem recebidos aqui, mas não vieram. Vem quem quer", finalizou.

O presidente da FPF ainda afirmou que não há nenhuma restrição a Galiotte e minimizou a chance de o clube trocar de presidente. "Não importa quem está no comando. O Palmeiras é filiado e tem todo respeito da Federação".