Topo

Oscar Roberto Godói

Quando temos árbitros competentes operando o VAR, acertos fazem a diferença

Lance que originou o pênalti polêmico no empate em 2 a 2 entre Náutico e Paysandu, pelas quartas de final da Série C - Reprodução
Lance que originou o pênalti polêmico no empate em 2 a 2 entre Náutico e Paysandu, pelas quartas de final da Série C Imagem: Reprodução

09/09/2019 20h12

Incompetência ou obediência?

Difícil responder ou entender o que passou pela cabeça do árbitro Leandro Vuaden que o levou a marcar pênalti para o Náutico contra o Payssandu. A bola cruzada na área do time paraense foi cabeceada pelo zagueiro Uchoa e toca no braço de um companheiro. Na série C não tem o VAR, mas o protocolo da tecnologia e orientações da Fifa orientam para a não marcação de falta ou pênalti em lances assim.

O jogo terminou empatado em 2 a 2, graças ao pênalti. A decisão foi para pênaltis, e o time da casa venceu por 5 a 3 e subiu para a série B do Brasileirão. Lamentável que um árbitro com um passado glorioso como tem Vuaden, caminhe para o fim da carreira prestando um grande desserviço ao futebol e, principalmente, à arbitragem brasileira.

Se não foi incompetência, nos resta lamentar.

Na rodada do Brasileirão, tivemos lances parecidos sendo punidos com pênalti graças à interferência direta do VAR. Inter venceu o São Paulo com gol de pênalti de bola que tocou na mão de Hudson, e o Botafogo foi ainda mais beneficiado. Além do pênalti a seu favor na bola que bateu no cotovelo de Igor Rabelo, o zagueiro do Atlético-MG foi expulso pelo segundo amarelo. É mole?

Para mim, o árbitro Marcelo de Lima Henrique não deveria ter marcado o toque na mão de Hudson e sim o pênalti de Reinaldo em Nico Lopez, a favor do Inter. Olhando a imagem do VAR percebe-se a vantagem que Igor Rabelo teve em colocar o cotovelo na bola e o acerto do árbitro Bráulio Machado em reconsiderar a decisão inicial.

O Santos acabou sendo beneficiado por um pênalti inexistente no empate em 1 a 1 com o Athletico. A falta aconteceu fora da área, e o árbitro Paulo Roberto não teve personalidade para manter a decisão inicial se deixando levar pelo, mais uma vez, incompetente Rodrigo Nunes Sá, responsável pelo VAR.

Por outro lado, o Santos foi prejudicado no lance que Marinho sofreu pênalti de Adriano, não marcado pelo árbitro nem revisto pelo incompetente responsável pelo VAR. Incompetência ou obediência?

Obediência permite ilações com safadeza, ou não?

Quando temos árbitros competentes operando os equipamentos, os acertos são maiores e importantes. O Ceará teve dois gols anulados corretamente no empate em 2 a 2 com o Corinthians. O jogador Gustavo, do Avaí, foi corretamente expulso por atingir o joelho de Rafinha, do Flamengo.

O palmeirense Luis Adriano fez falta no zagueiro no gol que marcou contra o Goiás e, corretamente, anulado. O gol de William foi legal, o goleiro Márcio, do Goiás, não sofreu falta no gol da vitória palmeirense. Decisões corretas tomadas com o amparo do VAR.

Quando precisou interpretar as regras sem o apoio do VAR o árbitro Wagner Reway mostrou a incompetência de sempre, mesmo com o distintivo da Fifa. Expulsou o palmeirense Lucas Lima pelo segundo cartão amarelo em um lance que nem falta foi.

O VAR não erra, a mediocridade, sim.

Oscar Roberto Godói