Inglaterra chega às semifinais graças a dois jogadores de times pequenos
A Inglaterra segue fazendo grande campanha nesta Copa. Pela primeira vez no século, o time chega às semifinais de um Mundial com a vitória por 2 a 0 sobre a Suécia na Arena Samara neste sábado. E o desempenho muito acima das expectativas se deve a dois jogadores que atuam em clubes nada badalados da liga mais valiosa do planeta: Harry Maguire, do Leicester, e o goleiro Jordan Pickford, do Everton.
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Naquele campeonato, ele defendia o Hull City, ainda menor. O currículo de Maguire ainda tem passagens por Wigan e Sheffield United, clube onde fez a base. Apesar de não estar nos times milionários da Inglaterra, ele tem sido o zagueiro mais constante da equipe desde o início da Copa. Seu gol de cabeça foi vital para o time, que vinha tendo problemas para chegar na área dos suecos até o cruzamento de Ashley Young (esse de um time grande, o Manchester United).
Tão decisivo quanto foi o goleiro Pickford. Ele foi muito bem uma cabeçada de Berg aos dois minutos do segundo tempo, evitou um gol no mano a mano com Larsson aos 16 e ainda parou Berg, novamente, aos 26. O jogador já tinha sido vital na classificação nas oitavas sobre a Colômbia. Após empate no tempo normal e na prorrogação, ele garantiu a primeira vitória da seleção inglesa em pênaltis na história das Copas.
Para se ter noção do impacto do feito na moral do grupo, na entrevista coletiva o técnico Gareth Southgate falou que a classificação foi histórica. Na mesma ocasião, o artilheiro do time Harry Kane afirmou que avançar desta maneira aumenta a confiança do time.
Campeonato de bilhões
O Leicester nunca figurou entre os grandes e o título foi um ponto fora da curva. as campanhas seguintes foram brigando para não cair. Ou seja, uma volta à rotina. O Everton é um time tradicional, mas sempre o menos conhecido de Liverpool. Time que mais disputou a primeira divisão na Inglaterra, não vence a competição desde a década de 1990.
A participação decisiva dos dois jogadores de times sem muita expressão internacional é um reflexo da seleção que mais tem jogadores atuando em sua própria liga. Também é um contraste de cifras.
Os clubes ingleses investiram 2,5 bilhões de euros (R$ 11,4 bilhões)na última temporada. O valor supera em mais de 1 bilhão (R$ 4,5 bilhões) o segundo colocado, o campeonato italiano. A preferência por jogadores de outras nacionalidades em times de ponta sempre foi apontada por torcida e imprensa como uma das razões para a perda de competitividade do futebol do país.
Agora, a Rússia vê a chegada de uma geração com mentalidade nova. Não são os mesmos atletas, mas foram ingleses que venceram os mundiais sub-20 e sub-17 do ano passado. Então, não é preciso estar em Chelsea, Manchester United ou City para resolver.
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