Técnico da Croácia escolheu caminho difícil; hoje, vibra com seu 'fenômeno'
Como jogador ou técnico, Zlatko Dalic nunca viveu um momento como o atual em sua carreira no futebol. Volante de carreira discreta no futebol croata entre as décadas de 1980 e 1990, sem jamais ter sido chamado para qualquer seleção nacional, começou sua carreira de treinador como assistente do Varteks, clube da própria Croácia onde encerrou em 2000 sua carreira como jogador.
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Promovido a diretor esportivo da equipe em 2002, virou treinador em 2005, perdendo a final da Copa da Croácia 2005/2006 para o Rijeka. Nos anos seguintes, passaria pelo próprio Rijeka (2007 a 2008) e por clubes de países como Albânia, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. Em outubro de 2017, a menos de um ano da Copa do Mundo de 2018, assumiu a seleção da Croácia.
“Ao longo de minha vida e de minha carreira, fui pelo caminho difícil. Não queria ser apenas um técnico mediano na Croácia. Tinha que começar pelo clube mais baixo”, disse o técnico que levou a seleção croata até a final da Copa de 2018, em declarações publicadas ao site da Fifa.
“Com um ano de Ásia, eu me tornei o melhor técnico. Por três anos (2014 a 2017), fui o técnico Al-Ain (Emirados Árabes), que é como o Real Madrid da Ásia. Foi uma tremenda experiência para mim. Eu treinei dois dos maiores clubes da Ásia; por isso, quando recebi a ligação da Croácia, eu não hesitei”, acrescentou.
Com menos de um ano no cargo, Dalic já conquistou o maior resultado da história da seleção croata, superando a geração comandada por Miroslav Blazevic – justamente o técnico que levou o time às semifinais da Copa de 1998, na França. E o atual técnico não se cansa de comemorar o feito.
“Com este grande resultado, entramos definitivamente na história como um dos menores países de todos os tempos em uma final de Copa do Mundo”, disse o treinador. “Quando olhamos para as condições com as quais trabalhamos, somos uma maravilha do mundo, um fenômeno. Não temos o ambiente adequado que têm os grandes times, mas temos grandes jogadores, que nos trouxeram tanta alegria. É um sucesso mundial”, acrescentou.
“Vivendo o sonho”, como ele mesmo diz, Zlatko Dalic se vê próximo de (mais) um feito inédito. E diante de previsões que colocam a França como favorita, o técnico compara sua equipe com a seleção da Grécia que foi campeã da Eurocopa em 2004.
“Vejo uma conexão entre a Croácia de agora e a Grécia de 2004, embora sejam dois estilos diferentes de futebol”, compara. “Ninguém acreditava que eles poderiam ser campeões, mas eles eram compactos e tinham um grande trabalho em equipe”, analisou.
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