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Vasco consegue antecipação de tutela e Justiça garante eleição na terça-feira

Com a decisão da Justiça, R. Dinamite pode ser reeleito presidente do Vasco na terça - Site oficial do Vasco
Com a decisão da Justiça, R. Dinamite pode ser reeleito presidente do Vasco na terça Imagem: Site oficial do Vasco

Pedro Ivo Almeida

No Rio de Janeiro

30/07/2011 17h00

Após ver a decisão da Justiça em adiar a eleição do Vasco, o departamento jurídico do clube mostrou agilidade e, em menos de 48 horas, conseguiu uma antecipação de tutela, expedida pelo Desembargador Adolfo Correia de Melo, que estava de plantão no Tribunal de Justiça neste sábado, garantindo a votação marcada para a próxima terça-feira, dia 2 de agosto.

Entenda a 'briga' na eleição

Além da oposição à gestão de Roberto Dinamite, os grupos de oposição do Vasco também contestam a lisura do processo eleitoral que escolherá o presidente do clube para o triênio 2011/12/13. Segundo os candidatos Pedro Valente e José Henrique Coelho, articuladores das principais ações relacionadas ao pleito impetradas na Justiça, o processo comandado pela Assembleia Geral, Olavo Monteiro de Carvalho, apresenta inúmeras irregularidades, como a lista de sócios votantes, principal ponto de discórdia entre os candidatos. Os opositores apontaram cadastros irregulares entre os 11.181 sócios aptos a participar da votação, além de se sentiram prejudicados pelo pouco tempo que teriam para realizar suas respectivas campanhas, visto que a relação foi publicada apenas 10 dias antes da eleição de terça

Apesar do discurso tranquilo dos mandatários do clube após a decisão da última quinta-feira, a manutenção do pleito não foi tarefa das mais fáceis para a situação. Após longas reuniões durante os dois últimos dias, o departamento jurídico conseguiu o despacho do Desembargador no final da tarde deste sábado.

Segundo o vice-presidente jurídico vascaíno, Nelson Almeida, o Vasco entrou com um agravo alegando que a decisão da juíza Ione Pernes, da 37a Vara Cível, não era tão esclarecida e essa estratégia de defesa poderia garantir a eleição, como foi decidido pela Justiça no final da tarde deste sábado.

"Após a decisão de quinta-feira, entramos imediatamente com um agravo pedindo que a decisão da juíza fosse aclarada. Não há qualquer problema no processo eleitoral, acreditamos que ela foi induzida ao erro pelo grupo de oposição. O Desembargador entendeu nossa justificativa e concedeu uma tutela antecipada, fazendo valer o que foi determinado pelo Conselho Deliberativo do Vasco, que aceitou a marcação da eleição para terça-feira", explicou Nelson.

Entretanto, apesar da decisão da Justiça, a "Guerra de Liminares" na eleição do Vasco parece não ter fim. Cientes do despacho deste sábado, as chapas de oposição garantem o mesmo empenho para impedir que o pleito, irregular na ótica dos opositores de Roberto Dinamite, aconteça na terça-feira.

Além do atual presidente, Pedro Valente, representante do grupo de Eurico Miranda, José Henrique Coelho, ex-vice de marketing da atual gestão, Leonardo Gonçalves, do grupo "Cruzada Vascaína", e Jayme Lisbôa concorrem na eleição marcada para às 9h da próxima terça no ginásio de São Januário.

De maneira indireta, conforme rege o estatuto do clube, a chapa vencedora indica 120 nomes para o Conselho Deliberativo e a segunda colocada, 30. Esses 150 se juntam aos 150 conselheiros natos (beneméritos mais antigos), formando o colégio eleitoral de 300 membros que escolherá o presidente do clube para o triênio 2011/12/13.