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Mário teme discurso e lembra fuga do Grêmio: "Não posso sumir da seleção"

Mário Fernandes brincou em entrevista coletiva dizendo que não pode mais "fugir" - Marinho Saldanha/UOL Esporte
Mário Fernandes brincou em entrevista coletiva dizendo que não pode mais "fugir" Imagem: Marinho Saldanha/UOL Esporte

Marinho Saldanha

Em Porto Alegre

06/09/2011 12h50

Mário Fernandes concedeu sua mais animada entrevista coletiva desde que se tornou profissional do Grêmio. O motivo não poderia ser outro: a primeira convocação para a seleção brasileira. Tímido, o jogador disse temer o discurso que todo o atleta que é chamado pela primeira vez precisa dar no selecionado nacional. Além disso, lembrou com bom humor da "fuga" do Grêmio em 2009. No momento do chamado, o lateral se preparava para jogar video game e viu choro de sua mãe pelo reconhecimento ao filho.

  • Wesley Santos/Pressdigital

    Mário Fernandes concedeu entrevista exclusiva ao UOL Esporte em março, quando disse que nem ele sabia o que ocorreu no momento em que resolveu fugir do Grêmio, em 2009, e voltar a São Caetano

"Eu tinha acabado de ver o jogo da seleção brasileira. Estava me preparando para jogar uma partida de video-game [Mário Fernandes iria jogar Fifa, no Playstation 3, com a seleção da Holanda]. Minha mãe estava comigo, chorou muito e me deu parabéns", contou o jogador.

Tímido, Mário Fernandes foi avisado por Victor que terá que discursar na seleção. Como é de costume, todos os atletas que são chamados pela primeira vez precisam se apresentar. Algo que o jogador encara com tranquilidade, mas sorrindo envergonhado.

"Não sou muito de falar. O Victor já me avisou ali no vestiário. Perguntou se eu estava pronto para o discurso. Mas não penso muito nisso, ainda tenho tempo. Vai se difícil", explicou.

Mário Fernandes chegou no Grêmio em 2009 e teve carreira marcada por uma "fuga". O jogador concedeu entrevista exclusiva ao UOL Esporte, em 2011, brincando com o tema. Nesta terça, ele relembrou o caso, também em tom de piada.

"Não posso sumir da seleção né?", sorriu. "Passou um filme na minha cabeça. A seleção é onde todo o jogador quer chegar. Quando cheguei no Grêmio tive muitos problemas. O presidente do São Caetano não havia dito que eu seria negociado, não sabia, só que eu viria. Não sabia se era para o Grêmio, ou para o Inter. Fiquei chateado. Não queria voltar, pensei em não jogar mais futebol. Mas minha família e meu empresário me ajudaram. Devo isso a eles", disse.

Mário esteve 5 dias desaparecido, depois ficou praticamente um mês recluso, até regressar aos treinamentos e estrear em um Gre-Nal, pelas mãos de Paulo Autuori. "Tenho um carinho especial por ele. Mas por todos. O Silas que me mandava tomar café da manhã, o Julinho, o Roth, todos foram importantes", concluiu.

Mário terá, agora, a primeira oportunidade pela seleção nacional. Com 20 anos, o jogador tem idade olímpica, e será testado visando a competição. Além de lateral, ele atua como zagueiro, sua função de origem.