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Demissão por justa causa faz Corinthians economizar R$ 2 milhões com Adriano

Clube teve de gastar cerca de R$ 150 mil na demissão pelos dias trabalhados em março - Leandro Moraes
Clube teve de gastar cerca de R$ 150 mil na demissão pelos dias trabalhados em março Imagem: Leandro Moraes

Carlos Padeiro

Do UOL, em São Paulo

25/03/2012 06h01

A decisão do departamento jurídico do Corinthians de demitir Adriano por justa causa significou uma economia de aproximadamente R$ 2 milhões aos cofres alvinegros. O clube teve de desembolsar cerca de R$ 150 mil para pagar os 12 dias trabalhados pelo polêmico atacante em março.

O depósito realizado na conta do Imperador, na última quinta-feira, foi de aproximadamente R$ 100 mil. Esse é o valor líquido. Com todos os encargos, chega-se ao gasto de R$ 150 mil.

Caso não houvesse justa causa, o Imperador receberia os salários do mês inteiro de março, abril, maio e junho, mais os direitos trabalhistas no regime CLT, como férias e 13º proporcionais, e a multa de 40% sobre o FGTS. Como o contrato dele duraria até o meio do ano, a justa causa suspende os benefícios.

A cifra seria maior ainda porque o ordenado de R$ 380 mil, assinado na carteira de trabalho do jogador de 30 anos, crescia com o bônus de R$ 120 mil por direitos de imagem. Essa quantia extra também foi eliminada com a demissão.

"Na verdade o Corinthians não está economizando nada. Neste caso somos o credor porque foi justa causa”, declarou ao UOL Esporte um dirigente envolvido no processo de Adriano. Por conta do sigilo que a questão exige, ele pediu anonimato.

A frase mostra o quanto a cúpula alvinegra se sentiu prejudicada em relação ao comportamento do atleta. Segundo o Blog do Perrone, “a diretoria corintiana está segura de que ganhará na Justiça caso Adriano entre com uma ação para contestar a sua demissão por justa causa. A confiança vem da quantidade de documentos que os corintianos afirmam ter que comprova a radical decisão.”

Na semana passada, o diretor de futebol Roberto de Andrade disse na TV Bandeirantes que o salário do ex-camisa 10 alvinegro se aproximava dos R$ 500 mil e que o clube devia R$ 1,8 milhão ao atleta. Na ocasião, porém, o discurso era de buscar uma rescisão amigável, o que não aconteceu.