Bolívar desmente Fernandão e afirma que jamais se negou a ficar no banco do Inter
O zagueiro Bolívar declarou nesta segunda-feira que jamais se negou a ficar no banco de reservas do Internacional, inclusive na partida contra o Corinthians, no último domingo, no estádio Beira-Rio. Após o confronto, o técnico Fernandão revelou que o defensor se negou a retornar para a concentração, depois que Juan apresentou um problema físico no sábado à tarde.
“Jamais me neguei a jogar. É algo inadmissível, respeito à opinião dele, mas tenho que dar a minha versão para deixar muito claro. O chamado para a concentração ocorreu na sexta-feira e, no sábado, tivemos uma conversa ainda no gramado. Ainda existia a dúvida se o Juan ficaria à disposição. Então, acabei viajando, como sempre faço quando não sou convocado. Contra a Ponte Preta, eu falei com o Fernandão, disse que não precisava improvisar ninguém no setor porque eu jogaria”, declarou Bolívar em entrevista à Rádio Guaíba.
A relação do treinador com o grupo sempre foi tema de especulações e, mesmo com o bate boca público pela imprensa, o zagueiro evitou falar sobre o assunto. Admitiu que tem uma amizade com Fernandão, mas lamentou a forma como o assunto foi tratado.
“Todo mundo sabe da minha história pelo Inter, o meu currículo, o carinho que tenho pelo clube e pelos torcedores. Achei que foi uma declaração muito infeliz até porque sou muito profissional e tenho uma família a zelar. A escolha foi dele, não estava na lista de concentração na sexta-feira. Então, isso foi muito forte. Não quero polemizar, tenho uma amizade com ele, mas não sei por que isso aconteceu. Jamais me neguei a jogar porque o Inter me deu oportunidade e me projetou”, afirmou o atleta.
A direção do Inter esteve reunida durante toda a manhã para analisar a situação de Fernandão, que segundo pessoas próximas ao presidente Giovanni Luigi não teria mais "clima" para treinar a equipe, e o possível ato de indisciplina do zagueiro Bolívar. Os dirigentes irão consultar o departamento jurídico para ter uma definição se cabe uma demissão por justa causa, já que o zagueiro foi convocado para o jogo e não teria aceitado retornar ao grupo, obrigando a comissão técnica a colocar o jovem Romário no banco de reservas.
“Não tenho nada contra o Fernandão. Fomos companheiros e respeito muito ele, como respeitaria qualquer outro treinador. Vou esperar a reapresentação para ver o que vai acontecer. Sempre estive à disposição, mas a opção sempre foi por outros jogadores. [...] Nunca pedi para não jogar. Sempre foi opção do treinador, como ele deixou bem claro em outras entrevistas”, revelou o zagueiro.
Bolívar tem mais um ano de contrato e irá conversar com a direção para planejar o futuro. Nos últimos anos, o defensor recebeu propostas de outros clubes, mas optou por continuar no Internacional. Após a segunda-feira de folga, o grupo retoma os treinamentos na terça-feira, às 10h, no CT do Parque Gigante. O próximo confronto ocorre no domingo, às 17h, no estádio Beira-Rio, contra a Portuguesa.
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