Após deixar o Santos 4 anos mais velho, Muricy cede à pressão por jovens
O Santos envelheceu sob o comando do técnico Muricy Ramalho. Com uma média de idade de 28 anos, o atual time titular é o mais veterano desta década. Em 2010, quando Neymar e cia. subiram para o grupo principal e formaram a terceira geração de "Meninos da Vila", o time que entrava em campo tinha média de 24,1 anos.
Em 2011, quando Muricy foi contratado, o número cresceu para 25,3. No ano passado, antes das contratações de Marcos Assunção, Pinga e Montillo, a média de idade já havia subido para 26,6 anos.
O fato de Muricy apostar na experiência irritou conselheiros, torcedores e até integrantes do Comitê Gestor, favoráveis à demissão do técnico. Mas, sem muito alarde, o treinador cede à pressão e começa a promover os jovens campeões da Copa São Paulo de Futebol Júnior deste ano. Na última terça-feira, Muricy recebeu no grupo profissional os volantes Alison e Leandrinho e o meia Pedro Castro.
O trio, que realizou exames médicos e fez fortalecimento muscular, se junta aos zagueiros Jubal e Gustavo Henrique, ao lateral esquerdo Emerson Palmeiri e ao atacante Givanildo.
O goleiro Gabriel Gasparotto também já treinava com Rafael e Aranha, mas foi submetido à cirurgia no joelho direito e só volta em abril. Enquanto os jovens iniciam suas atividades, Muricy segue tentando reabilitar os veteranos na equipe titular.
A defesa é o setor mais envelhecido do Santos. Com as saídas de Neto e Guilherme Santos, titulares no início da temporada, a média de idade subiu para 30,5. Isso porque o setor conta com Dracena, 31 anos, Durval, 32, e Léo, 37.
O mais jovem da “linha de quatro” defensiva é o lateral direito Bruno Peres, de 22 anos. Somando apenas a dupla de zaga, que conquistou seis títulos pelo clube, a média de idade sobe 31,5.
Se não bastasse, Muricy vem demonstrando que está disposto a apostar no volante Marcos Assunção, de 37 anos. O veterano ameaça a vaga de Renê Júnior e até dos companheiros de ataque de Neymar – André, Miralles e Giva. No duelo contra a Ponte Preta, o craque santista atuou isolado no ataque, já que o treinador optou por escalar quatro volantes.
A consequência de uma equipe quatro anos mais velha do que o time de 2010 é notada em campo. O Santos opta por um futebol mais cadenciado, é mais lento e prioriza a posse de bola, com poucas variações ofensivas e marcando o adversário atrás da linha da bola. Os treinamentos táticos são raros no CT Rei Pelé, já que a comissão técnica prioriza entre as atividades, o fortalecimento ou descanso dos músculos por conta da preocupação com lesões.
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