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Advogado de corintianos presos estuda processar San José e Bolívia

Advogado diz que prisão foi um erro e reunirá provas para processar bolivianos - REUTERS/Daniel Rodrigo
Advogado diz que prisão foi um erro e reunirá provas para processar bolivianos Imagem: REUTERS/Daniel Rodrigo

Do UOL, em São Paulo

18/04/2013 14h53

O advogado dos 12 torcedores corintianos presos na Bolívia, Sérgio Marques, informou ao Sportv que reunirá documentos em até 72h para provar a inocência dos clientes e mostrar que houve erro na detenção. Marques acrescenta que pretende entrar com ação contra o governo boliviano e San José.

“Imagino que houve erro. Se a gente conseguir provar que houve erro, que tenha sido até de má-fé, entendemos que sim, óbvio. Em até alguns momentos do processo isso me pareceu”, disse o advogado ao Sportv.

Marques salienta que cinco torcedores não estavam no estádio no momento do disparo do sinalizador, que vitimou Kevin Espada, 14 anos. Os 12 torcedores do Corinthians estão presos há dois meses, acusados de serem cúmplices do autor do disparo.

“Não tem expectativa de tempo, de prazo. Vamos pedir habeas corpus quanto tivermos mais fundamentos. Eles vão ter 72h para devolver as fotos e tudo o que foi feito. Vamos juntar isso a outras provas”, disse o defensor.

Um jovem de 17 anos procurou a polícia dias depois no Brasil dizendo ter sido o responsável por acionar o sinalizador. A polícia boliviana ignorou o depoimento dado pelo menor de idade e manteve a prisão dos corintianos.

O Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, está na Bolívia para ajudar no caso. Cardozo ouviu da Polícia boliviana de que haverá um processo justo aos 12 torcedores.

“Esta garantia me foi dada pelo Delegado Geral e pelo ministro Romero que será um julgamento justo e portanto não há o que duvidar das palavras do governo e das autoridades bolivianas”, afirmou o ministro Cardoso na sede do governo da Bolívia.

Os corintianos detidos estão sofrendo problema de saúde e foram castigados, relatou o Estado de S. Paulo. Seis deles teriam sido colocados em um porão, como punição por uso de celulares. Mas a marca do aparelho não funciona no país. As autoridades cancelaram a punição após tomarem conhecimento desse fato.