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Gerente do Atlético rebate dirigente são-paulino e nega pedido de emprego

Adalberto Batista acusou o gerente da base do Atlético de ter relação com empresários - Luiz Pires/VIPCOMM
Adalberto Batista acusou o gerente da base do Atlético de ter relação com empresários Imagem: Luiz Pires/VIPCOMM

Bernardo Lacerda

Do UOL, em Belo Horizonte

28/04/2013 06h15

O gerente da base do Atlético-MG, André Figueiredo, rebateu o diretor de futebol do São Paulo, Adalberto Batista, que disse ao UOL Esporte, na última sexta-feira, que o dirigente atleticano foi ao clube paulista pedir emprego e que ele seria ligado a empresários. “É mentira, estou na melhor estrutura de base do Brasil”, afirmou o gerente atleticano.

“Eu fui ao São Paulo ano passado apenas uma vez, a convite do treinador Ney Franco, que é meu amigo, para visitar. Eu estou na melhor estrutura do futebol brasileiro, há dez anos trabalhando no Atlético, sou muito bem remunerado no meu cargo, trabalho com um presidente, Alexandre Kalil, que conhece e acompanha tudo o que acontece na base do clube, ao contrário do senhor Adalberto Batista, que não acompanha o que acontece na base do seu clube”, disse André Figueiredo ao UOL esporte.

  Adalberto Batista disse, na última sexta-feira, que André Figueiredo tem ligação com empresários. “Importante informá-lo que conheço muito bem o que se passa em Cotia, inclusive, que este senhor lá esteve no ano passado para pedir emprego, e que não foi acolhido justamente pela estreita relação que mantém com empresários", afirmou o são-paulino.

“Eu não tenho relação alguma com qualquer empresário de futebol. Isso seria contra os princípios do Atlético. Estou neste cargo há dez anos e você nunca irá ouvir que o André Figueiredo está ligado a um empresário. O presidente Alexandre Kalil é contra esta situação e combate isso na base”, acrescentou Figueiredo.

Diretor são-paulino se revolta com gerente do Atlético: "veio pedir emprego"

  • Luiz Pires/VIPCOMM

    A guerra aberta por clubes contra o São Paulo não deve terminar tão cedo. Nesta sexta-feira, foi a vez do gerente da base do Atlético-MG, André Figueiredo, atacar Adalberto Baptista, diretor de futebol do time do Morumbi. Segundo o dirigente mineiro, o são-paulino mostra desconhecimento e soberba ao ignorar as reinvindicações dos times que criticam a ação tricolor na base. Em entrevista ao site da ESPN, Figueiredo lembra que o movimento começou com a presença de Ney Franco, hoje técnico do São Paulo e, na época, empregado na CBF (Confederação Brasileira de Futebol), e Renê Simões, hoje diretor executivo do Vasco, mas, no início do movimento, coordenador de base são-paulina.

O gerente da base do Atlético disse que não conhece o diretor do São Paulo. “Sem querer criar uma briga pessoal com o senhor Adalberto Batista, que não conheço, digo que essas acusações dele são mentirosas, não é verdade”, afirmou.

André Figueiredo voltou a afirmar que Adalberto Batista não acompanha o que é feito na categoria de base do clube paulista e acusou, novamente, o São Paulo de aliciar jogadores no futebol brasileiro e manteve em “aberto” a guerra criada por clubes do país contra o clube do Morumbi.

“Eu não estou em uma briga pessoal com o senhor Adalberto Batista, estou em uma briga contra o São Paulo, que alicia de forma vergonhosa jogadores da base dos clubes. Não é apenas o Atlético quem está nesta briga, são todos os times do futebol brasileiro. Mas o senhor Adalberto Batista não sabe o que acontece em sua base, talvez por isso fale isso”, disse André Figueiredo.

Na última quinta-feira, os clubes oficializaram que não participarão de torneios de categorias de base em que o São Paulo estiver. Adalberto minimizou o protesto, disse não reconhecer a Abex (Associação Brasileira dos Executivos de Futebol), que organiza os protestos, e confirmou a participação na Copa 2 de Julho, em Salvador.