Globo falar os naming rights não é "fundamental", avalia Corinthians
Com os primeiros estádios da nova geração fechando seus contratos de naming rights, o Corinthians comemora o “balizamento” do mercado para quando chegar sua hora. Depois de anos de discussão, no entanto, o clube já relativiza a importância da Globo nesse cenário.
“A Globo falar o nome é importante, mas não fundamental. Se fosse, os clubes de vôlei não sobreviveriam. Eu acho que é uma das propriedades a serem exploradas, mas não é a única. O nome das arenas será a melhor propriedade de ativação no futebol”, disse Caio Campos, gerente de marketing do clube.
A exposição dos naming rights na televisão é uma velha briga no marketing esportivo. Em esportes como vôlei e basquete, onde é comum os patrocinadores emprestarem seus nomes às equipes, há muita reclamação sobre o fato de a Globo ignorar as marcas em suas transmissões.
Desde o início da discussão sobre os novos estádios brasileiros, os naming rights são vistos como a salvação dos clubes, que esperam quitar o pagamento das obras vendendo o direito às empresas.
Para emprestar sua marca à Fonte Nova e à Arena Pernambuco, a Itaipava pagará R$ 100 milhões a cada um dos estádios em dez anos. Já a seguradora Allianz desembolsou R$ 300 milhões para comprar os direitos da nova Arena Palestra Itália, casa do Palmeiras.
- Corinthians aposta em nomes conhecidos, mas nega novo perfil de contratações para o elenco
- Alessandro sente lesão na coxa direita e pode desfalcar Corinthians na estreia no Brasileirão
- Ingresso do Palmeiras para Série B custa o dobro cobrado pelo Corinthians na primeira divisão
- Cássio vê Corinthians favorito no Brasileiro e diz que eliminação na Copa Libertadores é passado
Não está claro, no entanto, como esses locais serão tratados pela Globo, dona dos direitos de transmissão de todos os principais campeonatos do país e do continente na TV aberta. No ano passado, a emissora confirmou um acordo com os clubes no qual se compromete a divulgar os naming rights de estádios já a partir do Brasileiro deste ano.
Àquela altura, a Globo trabalhava com a possibilidade de receber um percentual do contrato fechado ou cobrar uma cota dos próprios patrocinadores. Os acordos, no entanto, serão fechados caso a caso, e não se descarta a ideia de que os narradores da casa não citem os naming rights, que apareceriam apenas nos créditos dos telejornais e em chamadas.
No início de seu projeto para o Itaquerão, o Corinthians pensou em arrecadar R$ 350 milhões com a propriedade. Desde então, teve de rever seu projeto e a forma como deve apresentar-se ao mercado. Neste cenário, o clube vê como positivos os compromissos já acertados.
“Para nós, foi bom outras arenas fecharem o contrato de naming rights. Mostra para o mercado o que pode ser feito em um negócio do tipo e nos ajuda a balizar nossa negociação”, disse Caio Campos.
Seja o primeiro a comentar
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.