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Família de Kevin recebe doação do Corinthians, e Justiça avalia liberação de presos

Sete dos doze torcedores do Corinthians presos em Oruro foram soltos em junho  - Reuters
Sete dos doze torcedores do Corinthians presos em Oruro foram soltos em junho Imagem: Reuters

Bruno Thadeu e Lucas Tieppo

Do UOL, em São Paulo

19/07/2013 17h22

Os cinco corintianos presos em Oruro pela morte de Kevin Espada aguardam a análise da Justiça da Bolívia que pode conceder o habeas corpus ao grupo ainda nesta sexta-feira. O UOL Esporte apurou que uma doação de 55 mil dólares (R$ 122,6 mil) feita pelo clube foi recebida pela família do garoto de 14 anos morto, o que teria acelerado o processo de liberação dos torcedores.

Os advogados da Gaviões da Fiel, responsáveis pelo caso, aguardam o contato do representante do grupo na Bolívia sobre a aceitação ou não do pedido de liberação. A "ajuda de custo" dada pelo clube brasileiro foi vista com bons olhos pela Justiça. 

Segundo uma pessoa ligada ao grupo e que participa das tratativas, assim que o habeas corpus for concedido, os cinco presos deverão ser liberados em até sete dias, quando poderão retornar ao Brasil. O grupo completa cinco meses preso neste sábado. 

Reginaldo Coelho, Leandro Silva de Oliveira, José Carlos da Silva Júnior, Marco Aurélio Nefreire e Cleuter Barreto Barros estão presos desde o dia 20 de fevereiro, data do jogo entre San José e Corinthians pela Copa Libertadores, quando o torcedor boliviano Kevin Espada morreu ao ser atingido por um sinalizador naval lançado da torcida do Corinthians. 

A polícia da cidade prendeu um grupo de 12 torcedores e sete deles foram liberados da prisão em junho. 

Também em junho, um juiz boliviano informou a inclusão de um jovem brasileiro de 17 anos, residente em São Paulo, no processo contra vários torcedores do Corinthians, investigados pela morte em fevereiro de Kevin.

O jovem, identificado como H.A.M., se entregou às autoridades policiais brasileiras poucos dias após o acontecimento trágico, confessando ser o responsável por acender o sinalizador que matou o boliviano de 14 anos.