Suíça extradita mais um dirigente Fifa envolvido em escândalo com Marin
A Justiça suíça acolheu pedido dos Estados Unidos e autorizou nesta quarta-feira a extradição do ex-presidente da Federação Venezuelana, Rafael Esquivel. Ele é o terceiro dirigente que teve aprovada a extradição. O dirigente pode recorrer.
Esquivel foi preso em 27 de maio com outros seis dirigentes da Fifa, entre os quais o ex-presidente da CBF José Maria Marin. O cartola venezuelano é acusado de suborno e desviar milhões de dólares em contratos comerciais da Copa América nas edições de 2015, 2016, 2019 e 2013.
A Suíça autorizou a extradição de Jeffrey Webb, que era um dos vice-presidente da Fifa, e do uruguaio Eugenio Figueredo, ex-presidente da Conmebol.
Marin deve seguir o mesmo caminho
Em vias de ser extraditado para a América do Norte, José Maria Marin negocia fiança milionária para trocar o regime fechado por prisão domiciliar. Ele possui residência em Nova York.
O FBI quer que Marin tenha função semelhante a de José Hawilla (empresário proprietário da Traffic), que aceitou cooperação com a Justiça norte-americana, além de aceitar pagar multa de US$ 151 milhões. Em troca, Hawilla evitou de ser preso nos EUA , com relaxamento da pena.
Com bases em depoimentos de Hawilla, a Justiça norte-americana investigou esquemas ilegais em contratos televisivos de torneios nas Américas, que envolviam Marin, Ricardo Teixeira e Marco Polo Del Nero. Dos três, Marin foi o único detido.
Antes contrária à ida de Marin para os Estados Unidos, a defesa do cartola já trabalha com a possibilidade de extradição.
Caso seja confirmada a extradição, a expectativa da defesa é que Marin fique no máximo semanas em regime fechado para depois ser encaminhado para prisão domiciliar enquanto dura o processo, o que já acontece com o empresário J.Hawilla.
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