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Eurico detona oposição e fala em "golpe" após ação policial no Vasco

Policiais estiveram em São Januário atrás da lista de votantes para a eleição do Vasco - UOL
Policiais estiveram em São Januário atrás da lista de votantes para a eleição do Vasco Imagem: UOL

Do UOL, no Rio de Janeiro

11/02/2017 18h01

O presidente do Vasco, Eurico Miranda, atacou fortemente os grupos de oposição do clube e classificou como tentativa de golpe a ação na Justiça que levou policiais a São Januário em busca da lista de sócios votantes – na tarde da última sexta-feira (10).

Em nota oficial, o polêmico mandatário questiona a ação judicial e informa ainda que tudo não passa de um “factóide”.

Eurico Miranda se defende dizendo que “não há hoje uma lista de votantes porque não há processo eleitoral”.

“O clube tem, sim, a sua lista de sócios, adimplentes ou inadimplentes. O Estatuto do Vasco determina que apenas no mês de agosto do ano eleitoral a Junta Deliberativa se reúna para definir os elegíveis, ou seja, os sócios que poderão se candidatar no pleito de novembro. Em decorrência, a lista de votantes só começa a ser apurada após a definição dos elegíveis”, argumentou o presidente, ao comentar a ação impetrada por um conselheiro membro da oposição.

Confira a íntegra da nota assinada pelo presidente Eurico Miranda:

“Até que ponto pode chegar um grupo político que foi partícipe do desastre que levou o Vasco a uma situação de quase insolvência entre 2008 e 2014?
Pelo que se viu nesta sexta-feira, dia 10 de fevereiro de 2017, fará de tudo para trazer de volta ao clube aqueles que abandonaram o Vasco esportiva e patrimonialmente. E sempre na batida tática de criar factóides, desgastar a imagem da Instituição e, no fim, apelar para uma tentativa de golpe (outro?) para tentar equilibrar a falta de votos.
Um membro da oposição no Conselho Deliberativo foi à Justiça pedindo uma listagem de votantes e, se necessário, a apreensão dos computadores do Vasco.
A indução ao erro vem desde o início: não há hoje uma lista de votantes porque não há processo eleitoral. O clube tem, sim, a sua lista de sócios, adimplentes ou inadimplentes. O Estatuto do Vasco determina que apenas no mês de agosto do ano eleitoral a Junta Deliberativa se reúna para definir os elegíveis, ou seja, os sócios que poderão se candidatar no pleito de novembro.
Em decorrência, a lista de votantes só começa a ser apurada após a definição dos elegíveis. A ação de sexta-feira serve apenas como mais um factóide, na medida em que alimenta a imprensa desinformada e revela o caráter da oposição: um assistente do autor da ação se passou como auxiliar do perito autorizado pelo juízo para acompanhar a diligência, demonstrando até onde vai a inconsequente sede de poder desta gente, que, aliás, tem em seus quadros um outro membro que já foi preso por se passar por juiz; Não é preciso dizer mais nada, uma vez que a escola parece inerente ao grupo.
Os vascaínos conhecem a velha tática deles em anos eleitorais. E conhecem também o estado em que deixaram o clube. O Vasco fará sempre todos os esclarecimentos à Justiça, não obstante a perplexidade acerca desta ação, que teve anotado segredo de justiça antes mesmo de seu decreto pelo Juízo e retirou do clube o constitucional direito a ampla defesa e ao contraditório, que, se observado, desnudaria a real pretensão dessa gente. Aliás, por se falar em segredo de justiça, parece que o mesmo teve finalidade outra que não a preservação de informações alegadas, haja vista a disseminação na mídia de notas parciais pelos advogados representantes do autor.
Repita-se: o Vasco fará sempre todos os esclarecimentos à Justiça e reafirma seu compromisso com a mesma.”