Bahia se coloca contra torcida única: "julguem e prendam os criminosos"
O Bahia se posicionou, através de uma nota em seu site oficial, contra as declarações dadas nesta terça-feira (11) pelo promotor Olímpio Campinho, nas quais ele admite que a torcida única pode passar a ser utilizada nos próximos clássicos entre Bahia e Vitória por conta da falta de segurança.
As palavras do promotor do Ministério Público da Bahia são ditas dois dias após a morte de um torcedor do Bahia, de 17 anos, ocorrida uma hora após o clássico na Arena Fonte Nova.
De acordo com o clube tricolor, a torcida única não é uma solução. “O problema não está no esporte, mas nas crises de segurança pública, educação e desemprego. O poder público, historicamente, tem dificuldades para cumprir seu papel. De fato não é fácil”, diz a nota.
A diretoria tricolor ainda exalta a iniciativa da torcida mista – medida adotada por Bahia, Vitória e Federação Bahiana de Futebol – e pede que “julguem e prendam os criminosos”.
Veja a nota completa divulgada pelo Bahia:
O Esporte Clube Bahia, respeitosamente, vem a público lamentar as declarações do promotor Olímpio Campinho que vê em torcida única uma solução para o futebol baiano.
O problema não está no esporte, mas nas crises de segurança pública, educação e desemprego. O poder público, historicamente, tem dificuldades para cumprir seu papel. De fato não é fácil.
O Brasil tem muitos policiais e professores que são heróis. Doam-se pela sociedade, trabalham em condições difíceis e, por vezes, são injustamente criticados.
A vida precisa de bons exemplos. Não de muros. Por isso, o EC Bahia trabalha a responsabilidade social com as Obras Sociais Irmã Dulce e agora busca trabalho conjunto com a Unicef.
A festiva volta da torcida mista no clássico Ba-Vi do último domingo (9) também mostra que os bons cidadãos querem retornar aos estádios, às ruas e a viver sem medo.
Ninguém tem o direito de trancafiar milhões de apaixonados em casa. Que julguem e prendam os criminosos.
O EC Bahia se solidariza à família do jovem tricolor Carlos Henrique Santos de Deus, após a partida, fora do estádio. Mais uma vítima de um Brasil maltratado, violento e que precisa de bons exemplos.
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