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Ba-Vi: Procurador do TJD pede suspensão do Campeonato Baiano

MARGARIDA NEIDE/AGÊNCIA A TARDE/ESTADÃO CONTEÚDO
Imagem: MARGARIDA NEIDE/AGÊNCIA A TARDE/ESTADÃO CONTEÚDO

Marcello De Vico

Do UOL, em Santos (SP)

01/03/2018 09h33Atualizada em 01/03/2018 12h49

O pós-jogo do polêmico Ba-Vi do último dia 18 ganhou mais uma novidade na noite da última quarta-feira (28). O procurador-geral do Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol da Bahia (TJD-BA) ingressou com uma Medida Inominada na secretaria do órgão pedindo a suspensão das duas rodadas finais da fase classificatória do Campeonato Baiano – que acontecem domingo (4) e quarta-feira (9). O TJD-BA, porém, negou o pedido na tarde desta quinta (1).

O objetivo da liminar, direcionada ao presidente do TJD, Hélio Menezes, era que o campeonato não avançasse sem a definição do resultado do julgamento, uma vez que o caso será levado ao Pleno do TJD – Procuradoria, Bahia e Vitória irão recorrer da decisão de terça-feira (27).

“A Procuradoria quer preservar os interesses do campeonato, dos times do interior, dos times que podem se classificar nas próximas duas rodadas e, para isso, é preciso um julgamento que obedeça ao Princípio Desportivo da Celeridade, previsto no art. 2 do CBJD. O avanço do campeonato sem a definição do resultado do julgamento pode causar sérios danos a todos os envolvidos, especialmente porque houve voto vencido na comissão disciplinar condenando o Vitoria a exclusão do campeonato. São essas, em síntese, as razões da Procuradoria”, disse o procurador-geral Ruy João em entrevista ao UOL Esporte.

Caso houvesse demora no julgamento, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) até poderia assumir e julgar o caso, conforme explicou o procurador-geral do TJD.

“A Comissão Disciplinar criou para si um incidente que pode travar ainda mais o processo e acabar o STJD intervindo e até avocando o processo. A procuradoria está atenta a tudo. Prima pela legalidade. Prima pelo cumprimento às regras, principalmente de cunho ético e que consagra a necessidade inarredável do jogo limpo. É impessoal para a procuradoria as cores do time, seu escudo, tamanho, etc. Ou bem nós somos bastante rigorosos com isso, ou então não poderemos, jamais, ter um campeonato valorizado, inclusive pelo torcedor. Não se pode esperar o transcurso normal da competição sem uma prestação jurisdicional célere”, acrescentou.

No julgamento da última terça-feira (27), o técnico Vágner Mancini – acusado de orientar seus jogadores a forçar o fim antecipado da partida – foi absolvido pelo Tribunal, enquanto o Vitória, julgado pelo mesmo motivo, só levou multa de R$ 100 mil reais. A acusação da Procuradoria pede o rebaixamento do Vitória para a segunda divisão do Campeonato Baiano.