Inquérito que investiga Andrés e Odebrecht sai do STF para justiça comum
O Supremo Tribunal Federal (STF), por meio do ministro Celso de Mello, enviou à primeira instância da Justiça Federal em São Paulo o Inquérito 4341, que investiga Andrés Sanchez "pelo suposto recebimento de vantagens da Odebrecht", conforme explica o STF em nota. Trata-se de uma decisão esperada pelo corpo jurídico do deputado federal e presidente do Corinthians, que dessa maneira não tem direito ao foro privilegiado.
Como os objetos do inquérito são anteriores ao mandato de Andrés como deputado, eleito em 2014, há consenso de que não cabe ao STF cuidar do caso. "Pelas razões expostas, e acolhendo, ainda, a manifestação da eminente Senhora Procuradora-Geral da República, reconheço cessada, na espécie, a competência originária do STF para apreciar este procedimento penal", explicou Celso de Mello.
À reportagem, o advogado João Oliveira comentou a decisão. "Isso era absolutamente natural. Andrés nunca se escondeu atrás do foro, os detratores dele é que usam o argumento. Há uma situação que sugere um auxílio de campanha ao Andrés [por parte da Odebrecht]. [...] É bom que se investigue, supostamente é um país democrático, então é bom que se investigue", declarou João, que frisa que os fatos investigados não têm relação também com o período em que Sanchez presidiu o Corinthians, até 2011.
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