Suspeita de fraude em pleito corintiano é convertida em multa de R$ 5,7 mil
Após audiência na manhã desta segunda-feira (27) no Juizado Especial de São Paulo, a hipótese de fraude eleitoral na escolha de Andrés Sanchez para presidir o Corinthians foi convertida em multa. Ré na ação, a empresa Telemeeting foi punida com o pagamento de seis salários mínimos (cerca de R$ 5,7 mil), a serem divididos entre um sócio e dois funcionários. Autor da ação, Paulo Garcia, candidato derrotado por Sanchez, não compareceu à sessão e foi representado por advogado.
Por meio do Jecrim, o Juizado Especial Criminal, o Ministério Público é titular da ação penal e entendeu que uma pena pecuniária deveria ser aplicada para a extinção do processo. Assim que o pagamento das multas for realizado, o assunto será arquivado no MP. O promotor Paulo Castilho recomendou a transação penal que permitiria a conversão da pena em multa, o que foi aceito pelos representantes da Telemeeting, que cuidou da apuração das eleições.
Recentemente, o Ministério Público havia avaliado o caso e, em parecer público, declarou que "ficou demonstrada a absoluta violação da confiabilidade e seriedade do pleito e o desvirtuamento do processo eleitoral de um dos maiores clubes do Brasil, vez que o presidente e chapas não foram eleitos dentro de um processo democrático íntegro, seguro, confiável e rígido". Foi considerada a hipótese de crime contra o consumidor.
Ao todo, três perícias foram realizadas, sendo uma contratada por Paulo Garcia, outra pela comissão eleitoral do clube e ainda uma pelo Instituo de Criminalística, da Secretaria de Segurança Pública. Segundo a Dynamics Perícias, contratada por Paulo, houve uma diferença de 25 votos entre os apurados.
"Eu gostaria que a ação continuasse para que a gente tivesse uma resposta definitiva, se houve ou não fraude", declarou Romeu Tuma Júnior, também derrotado nas eleições e que se habilitou como vítima na ação. Procurado, Paulo Garcia não respondeu às ligações da reportagem.
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