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O que ainda não se sabe sobre a morte de Daniel, ex-meia do São Paulo?

Marcello Zambrana/AGIF
Imagem: Marcello Zambrana/AGIF

Do UOL, em São Paulo

05/11/2018 12h17

O meia Daniel, que pertencia ao São Paulo e atuava no São Bento por empréstimo, foi morto no último dia 27 em São José dos Pinhais (PR), região metropolitana de Curitiba. O jogador tinha 24 anos e acumulava também passagens por Botafogo e Coritiba, além de atuações nas categorias de base do Cruzeiro.

As autoridades ainda investigam a morte, mas já se sabe que Daniel foi vítima de um homicídio. Edison Brittes Júnior afirmou ter sido o responsável pelo crime. Edison afirmou que o suspeito ouviu um grito de "socorro" e, em seguida, encontrou o jogador sem calças no quarto em que sua mulher estava dormindo "há algumas horas", o que teria motivado o assassinato.

Segundo uma testemunha, Daniel foi então espancado por quatro homens. Na sequência, o meia foi levado no porta-malas de um carro. Seu corpo, parcialmente degolado e com o pênis cortado, foi encontrado em um matagal.

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Edison, a mulher Cristiana e a filha Allana foram presos temporariamente para a averiguação do caso e devem prestar depoimento ainda nesta segunda-feira (5). Segundo relatos citados pelos responsáveis que investigam o caso, os três participaram na última segunda-feira (29) de um encontro com testemunhas para combinar uma versão do crime; um dos presentes afirmou ter se sentido ameaçado pela proposta.

Confira o que ainda não se sabe sobre o caso:

Demais envolvidos no caso

Edison Brittes Júnior confessou participação na morte de Daniel, espancado em sua casa após o aniversário de Allana em uma casa noturna de Curitiba. No entanto, os demais envolvidos – entre cúmplices e testemunhas - ainda têm seus nomes mantidos sob sigilo.

O advogado Robson Domacoski, que representa dois envolvidos, informou que já foi protocolada junto à Polícia na última sexta-feira (2) a intenção de apresentação dos suspeitos, e que os envolvidos dependem apenas das autoridades para se apresentarem. “Os meninos não têm o que temer, apesar de estarem apavorados”, explicou Domacoski.

A roupa de Cristiana

Em entrevista divulgada pela RPC, afiliada da Rede Globo em Curitiba, Edison afirmou que trocou a roupa da mulher em casa após ela se sentir mal. “Eu escovei os dentes dela, coloquei pijama nela e botei ela para dormir”, disse. No entanto, o inquérito policial afirma que, segundo imagens enviadas por Daniel a um amigo, Cristiana estava dormindo com a mesma roupa que usou na festa da filha.

Pedido de socorro

Em sua versão, Edison afirma que teria ouvido a mulher pedindo socorro no quarto; ao entrar, viu Daniel de vestindo roupa íntima e camiseta sobre ela. Uma testemunha, no entanto, afirma que Edison estava do lado de fora da casa e questionado aos presentes onde o jogador estava; os gritos só teriam começado após o empresário ir para dentro da casa.

A arma do crime

Relatos de uma testemunha afirmam que Edison teria ido até a cozinha de casa apanhar uma faca. O acusado, porém, afirmou à RPC que “tinha uma faca no carro”.