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Mattos explica contratações do Palmeiras e uso da base: "Comissão decide"

Mattos, diretor do Palmeiras, posa para a foto com as cinco contratações de 2019 - Cesar Greco/Ag. Palmeiras/Divulgação
Mattos, diretor do Palmeiras, posa para a foto com as cinco contratações de 2019 Imagem: Cesar Greco/Ag. Palmeiras/Divulgação

Danilo Lavieri

Do UOL, em São Paulo

04/01/2019 18h47

Empolgados com o bom desempenho das categorias de base em 2018, torcedores do Palmeiras esperavam ver o time profissional recheado de reforços revelados na Academia de Futebol. O ano de 2019 começou e o planejamento do clube mostra que os jovens ainda precisarão esperar por uma chance.

Em entrevista coletiva nesta sexta-feira (4), Alexandre Mattos explicou que só foi ao mercado porque a comissão técnica não achou garotos com as características necessárias para a atual temporada. A contratação de Carlos Eduardo, fechada em R$ 23 milhões, foi uma das mais criticadas.

"Não tem (jogador com as características do Carlos Eduardo). Se tivesse, eu não faria isso. Mas essa avaliação não é minha, ela é técnica. Quem vai avaliar se tem condição técnica ou maturidade para jogar é a comissão. Ninguém melhor do que eles que estão no dia a dia para dizer se a base está pronta. (...) A torcida pode ter a convicção que tem gente olhando os garotos da base. O Yan vai treinar conosco para adquirir forma física, porque ele não tem estrutura para atuar com a gente ainda. Ano passado a gente tentou e ele se lesionou uma vez atrás da outra", afirmou.

"Hoje, posso te dizer que o Palmeiras, antes de contratar, analisa a base. Se, na avaliação da comissão, a base supre as necessidades, não trazemos ninguém de fora. Se a gente está trazendo, é porque quem está de olho todo dia neles, avaliando tecnicamente, fisicamente e até emocionalmente, acha que eles ainda não estão prontos", completou.

Apesar da forte atuação no mercado, Mattos fez questão de destacar que o trabalho da base tem sido bem feito e que o planejamento atual pensa no Palmeiras não só para o presente, mas também para os próximos três, quatro anos.

"Normalmente, a base é usada quando não tem dinheiro ou quando o time está perto da tragédia. Aqui não! O Palmeiras tem forte cobrança pela base porque temos um projeto de excelência. Na sua história, o Palmeiras nunca teve um projeto assim. Se você analisar, a gente começou priorizando o sub-13, depois o 15 e o 17. O sub 20 a gente também sai para comprar, como fizemos com apostas como Arthur Cabral e Matheus Fernandes", afirmou.

"Esses meninos vão crescendo. Todo dia temos oito jogadores do sub-17 ou do sub-20 treinando com a gente. O que não dá é para torcedor, comentarista e críticos, porque eu já vi isso acontecendo, falarem que um garoto do sub-17 está pronto para o profissional e que merece chance. Gente, calma", finalizou.

No atual elenco, o Palmeiras tem Victor Luís como exemplo de jovem que saiu das categorias de base e precisou rodar em vários outros times para se firmar como titular. Vitinho, Pedrão e Artur, que já se acertou com o Bahia, são atletas que iniciaram o ano com o elenco profissional, mas serão emprestados para ganhara rodagem. Yan vem das categorias de base, mas foi revelado pelo Vitória e passa por fortalecimento físico.