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Apostas de 2017, Guerra e Hyoran perdem espaço com meio "congestionado"

Guerra dá carrinho em Hyoran durante treinamento do Palmeiras - Cesar Greco/Ag. Palmeiras/Divulgação
Guerra dá carrinho em Hyoran durante treinamento do Palmeiras Imagem: Cesar Greco/Ag. Palmeiras/Divulgação

Leandro Miranda

Do UOL, em São Paulo

29/01/2019 04h00

Em um elenco numeroso e com tantos jogadores de qualidade como o do Palmeiras, já fica nítido nas primeiras semanas da temporada que alguns nomes estão ficando com espaço mais reduzido. Dois dos casos mais evidentes são os dos meias Guerra e Hyoran, que, após um 2018 de altos e baixos, enfrentam ainda mais concorrência em um setor de meio-campo congestionado.

Na última segunda-feira (28), Felipão preferiu inscrever no Campeonato Paulista o meia Raphael Veiga, que voltou de empréstimo do Athletico-PR, passou por uma pré-temporada diferenciada e agora pode ganhar a chance de ser observado no estadual. Com apenas uma vaga sobrando na lista principal de 26 atletas, pelo menos um entre Guerra e Hyoran ficará fora.

O setor em que os dois jogam foi um dos mais reforçados pelo Palmeiras. Além de trazer Veiga de volta, o clube contratou mais dois meias ofensivos, Zé Rafael e Ricardo Goulart, e ainda apostou em Carlos Eduardo e Felipe Pires como opções de velocidade para a ponta, posição na qual Guerra e Hyoran também podem jogar. Some-se a isso um princípio de consolidação de Gustavo Scarpa após um 2018 cheio de problemas, e o espaço fica ainda menor.

Os dois jogadores chegaram juntos ao Palmeiras há dois anos, com status bem diferentes. Nenhum conseguiu se firmar. Alejandro Guerra custou R$ 10 milhões, com dinheiro da Crefisa, após se consagrar como o melhor jogador da Libertadores de 2016 pelo Atlético Nacional. Apesar de alguns lampejos criativos e da versatilidade, o venezuelano sofreu com problemas físicos e pessoais nas duas temporadas em que vestiu alviverde e jamais teve uma sequência importante como titular.

Já Hyoran veio como aposta depois de se destacar pela Chapecoense, com expectativas bem mais baixas. Depois de passar sua primeira temporada se adaptando a uma equipe grande e passando por um programa específico de fortalecimento muscular, ele passou a ser bem mais utilizado no ano passado e chegou a virar alternativa imediata aos titulares Dudu e Willian. Apesar de boas atuações no meio do ano, porém, ele caiu muito de produção na reta final.

Os dois chegaram a despertar interesse de outras equipes nesta janela de transferências, mas as conversas que chegaram ao Palmeiras não animaram o clube. Com as finanças equilibradas e poder de barganha no mercado, o Verdão tem estudado com calma possíveis saídas e empréstimos no objetivo de reduzir o elenco para um número mais compatível com os desejos de Felipão. Atualmente com 34 atletas no grupo profissional, o treinador disse no começo do ano que gostaria de trabalhar com no máximo 30 jogadores.