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Carioca - 2019

Confusão deixa torcedores feridos após portões ficarem fechados no Maracanã

Confusão é criada fora do Maracanã - ANDRÉ FABIANO/CÓDIGO19/ESTADÃO CONTEÚDO
Confusão é criada fora do Maracanã Imagem: ANDRÉ FABIANO/CÓDIGO19/ESTADÃO CONTEÚDO

Do UOL, em São Paulo

17/02/2019 17h05Atualizada em 17/02/2019 18h35

Uma confusão marcou os minutos que antecederam a final da Taça Guanabara entre Vasco e Fluminense neste domingo (17). Tão logo o JECrim ((Juizado Especial Criminal) determinou os portões fechados para a partida, a polícia atirou bombas de efeito moral em direção aos torcedores que se aglomeravam nos arredores do Maracanã - alguns tentaram invadir o estádio. Com 30 minutos de bola rolando, a decisão foi revertida e o público foi liberado para entrar.

Imagens da "ESPN" mostraram diversos torcedores feridos por causa das bombas atiradas pela polícia. Vascaínos com ingressos na mão tentavam fugir do gás de pimenta atirado pelos oficiais.

De acordo com a rádio Globo, alguns torcedores desmaiaram na confusão e foram atendidos no portão 10 do Maracanã. Em resposta ao ato da polícia, alguns vascaínos chegaram a atirar garrafas de vidro em direção aos oficiais.

"A gente já sabia que poderia ocorrer isso. É um absurdo o que está acontecendo. Eles estavam tentando evitar uma tragédia e olha o que está acontecendo. Vocês são irresponsáveis. Criança, adulto, idosos, todos correndo com medo de levar tiro, bomba. Isso é um absurdo", desabafou um torcedor ao "FOX Sports".

"Gente quase morrendo por causa de um presidente. O Carioca já é um cocô, aí um presidente faz isso? Vai ter mais problema", desabafou outro para a "ESPN".

Com quase 30 minutos de jogo, o JECrim voltou atrás e decidiu abrir os portões para a entrada dos torcedores no estádio. Os vascaínos ficaram no setor Sul, enquanto o Norte ficou destinado ao Fluminense.

No fim da noite do último sábado (16), a Justiça decidiu fechar os portões com receio de que a briga nos bastidores pudesse inflamar ainda mais os ânimos dos torcedores. Faltando duas horas para a partida, contudo, o Vasco assumiu o risco de pagar uma multa de R$ 500 mil após reunião na Ferj (Federação de Futebol do Rio de Janeiro) e bancou a realização do duelo com as torcidas presentes.

Ao chegar ao estádio, os torcedores encontraram os portões fechados por uma decisão do JECrim (Juizado Especial Criminal). Centenas de vascaínos se aglomeraram ao redor do Maracanã esperando a decisão.

A poucos minutos do início do jogo, o JECrim determinou de maneira definitiva a realização com portões fechados

As bombas eram ouvidas de dentro do estádio do Maracanã, que acompanhava um Vasco e Fluminense sem torcedores.

Em entrevista ao SporTV, o presidente do Vasco, Alexandre Campello, já dizia temer por violência caso o jogo fosse realizado sem torcida. "O que nós temos visto é um Maracanã com número enorme de torcedores em fila esperando a entrada e isso (portões) não foi aberto. Temo que isso seja um estopim para um acontecimento bastante desagradável, com violência, tudo mais".