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Diretor do Atlético volta a questionar VAR em final com o Cruzeiro: "pífio"

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Enrico Bruno

Do UOL, em Belo Horizonte

20/04/2019 20h34

Assim como aconteceu na primeira final entre Cruzeiro e Atlético-MG, o diretor de futebol do Galo, Rui Costa, voltou a questionar o uso do VAR na decisão entre os rivais no Independência, que terminou com o empate por 1 a 1 e o título da Raposa. Em sua entrevista após o jogo, o dirigente questionou os critérios utilizados pelo árbitro Leandro Bizzio Marinho. O principal deles foi um suposto pênalti de Dedé em cima de Chará.

"Infelizmente, tenho que estar aqui de novo, gostaria muito de que todo comentário fosse com o nosso treinador. Mas tivemos um protagonista acima de qualquer coisa nessa final, que foi o VAR. Vimos uma utilização absolutamente equivocada, e vou ficar por aqui no equivocado, embora os equívocos tenham sido contra o Atlético. Tivemos uma arbitragem terceirizada aqui, o árbitro estava marcando cartão amarelo com o VAR", iniciou.

"Eu estava vendo o lance do Dedé no Chará. Se aquilo não é lance para ele parar e revisar... Isso é um erro de protocolo. A decisão é de 180 minutos e o Atlético teve erros graves de protocolo, isso mudou os rumos da taça. Não podemos omitir um fato objetivo, o protocolo do VAR foi rasgado. Os árbitros não têm palestras? O árbitro se escondeu no VAR. No lance do pênalti, o VAR marcou o pênalti para o Cruzeiro. Mas não funciona para o Atlético? A carga do Dedé tem que ser revisada. Não há sequer um movimento de o árbitro estar fazendo a checagem. Para o VAR não teve relevância, mas para nós tem. Assim como não teve relevância do pênalti que o Igor Rabello sofreu no primeiro jogo. Isso não é conversa de perdedor. Infelizmente, para minha tristeza, não se permitiu que as coisas se resolvessem dentro do campo. Uma arbitragem pífia, que não teve coragem de tomar suas decisões. Ele ouviu o VAR em todo momento, mas teve um só que ele abriu mão. Lamento estar aqui para falar sobre isso. Mas as pessoas que comandam o VAR precisam perceber isso, ou eu serei o primeiro de vários a estar reclamando disso no Brasileiro", acrescentou.

Sobre o pênalti de Leonardo Silva que gerou a cobrança e o gol de Fred, Rui admitiu ser um lance de interpretação. O diretor, contudo, seguiu questionando a falta de qualquer checagem no lance de Chará.

"Nós temos o VAR, ele foi usado para decidir de forma muito objetiva quem ganhou o campeonato. Nós só queremos justiça. O lance da mão (pênalti de Léo Silva) é interpretativo? Sim, não estou falando que não foi pênalti. Mas por que o lance do Chará não mereceu sequer uma interpretação? Além disso, o jogo parou inúmeras vezes para cartão amarelo, um árbitro assim não pode apitar", encerrou.