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Corinthians desiste de trocar gramado da Arena após último teste

Cássio aprovou o gramado em ação durante partida entre Corinthians e Chapecoense na Copa do Brasil - Marcello Zambrana/AGIF
Cássio aprovou o gramado em ação durante partida entre Corinthians e Chapecoense na Copa do Brasil Imagem: Marcello Zambrana/AGIF

Samir Carvalho

Do UOL, em São Paulo (SP)

25/04/2019 14h16

O gramado da Arena Corinthians foi aprovado em seu último teste ontem, quando o Alvinegro venceu a Chapecoense por 2 a 0 e se classificou para as oitavas de final da Copa do Brasil. Segundo apurou o UOL Esporte, a diretoria corintiana desistiu de trocar o gramado pois considera que houve bastante evolução nos últimos jogos. Os profissionais do clube ainda avaliaram que o campo deve evoluir ainda mais até o fim deste mês.

O Corinthians já havia confirmado publicamente que o estádio seria fechado por cerca de 30 dias após o término do Campeonato Paulista e o duelo de ontem contra a Chapecoense para realizar a troca da grama, bastante criticada até pelos atletas do time de Parque São Jorge em 2019.

A reportagem apurou que, caso o gramado não fosse aprovado ontem, o Corinthians mandaria seus jogos no Pacaembu e Arena Barueri.

Se não bastasse, o Corinthians perderia sua casa nas oitavas de final da Copa do Brasil e em quatro rodadas do Campeonato Brasileiro: contra Chapecoense, Grêmio, São Paulo e Goiás. Neste cenário o Corinthians só voltaria a sua Arena no mês de julho.

Ontem, o goleiro Cássio, um dos mais críticos ao gramado nesta temporada, elogiou a evolução do campo. Aliás, desde o início do ano o estádio recebia críticas por causa do campo, que sofre com um fungo que proliferou a partir de dezembro, após um evento com caminhões gigantes no local.

Entenda o caso

O "Monster Jam" aconteceu em 15 de dezembro, voltando à Arena um ano após a edição anterior. Da primeira vez o Corinthians já trocaria o gramado no final de 2017, portanto realizou o evento sem grandes preocupações, mas no ano passado já não havia intenção de uma nova troca. O clube esperava que, apesar da atração, o campo fosse recuperado a tempo da estreia na temporada. Não foi o que aconteceu.

A organização do evento cobriu o gramado com uma proteção e afirmou então que "todos os cuidados foram tomados, e saiu tudo conforme programado". No entanto, a estrutura armada para suportar caminhões de até quatro toneladas acabou deixando a grama abafada, criando um ambiente úmido e quente que se tornou propício para a proliferação dos fungos.

O problema veio à tona ainda em janeiro, quando o campo não conseguiu drenar a chuva durante a partida contra a Ponte Preta. Foi nesta ocasião que o goleiro Cássio viu o gramado "meio ruim, com um pouco de terra", enquanto o presidente Andrés Sanchez prometeu a resolução em até 15 dias. Na mesma semana o Corinthians desistiu de um treino aberto à torcida antes do primeiro clássico do ano, contra o Palmeiras, justamente por conta do gramado.

O problema continuou, e Cássio voltou a reclamar em março. "Se não pegar bem [na bola], você enche o pé de areia", criticou o goleiro. Há duas semanas, em decisão contra a Ferroviária no Campeonato Paulista, o mau estado do campo acabou beneficiando o Corinthians quando Tony, meia adversário, escorregou e perdeu um pênalti. A esta altura Andrés Sanchez já admitia a possibilidade de trocar a grama. "Vamos ver se arruma antes da Copa América; senão vai ter que parar de jogar lá [na Arena] para arrumar o gramado", adiantou.

Por conta disso, a diretoria do Corinthians chegou a confirmar que o gramado seria replantado após a decisão do Campeonato Paulista contra o São Paulo, e em seguida o estádio seria entregue para a Conmebol, que o administraria até o final da Copa América.

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