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Tuchel vê Neymar líder por qualidade, mas descarta transformá-lo em capitão

Tim Clayton/Corbis via Getty Images
Imagem: Tim Clayton/Corbis via Getty Images

João Henrique Marques

De Paris, em colaboração para o UOL

10/05/2019 09h55

O técnico Thomas Tuchel fez elogios à liderança técnica de Neymar no PSG, mas disse não ter a intenção de transformá-lo em capitão na próxima temporada no lugar de Marquinhos e Thiago Silva, os dois jogadores que se revezam na função.

A possibilidade veio à tona depois de uma reportagem publicada no jornal francês "Le Parisien" durante a semana sugerindo a braçadeira ao brasileiro, destacando sua postura no vestiário do clube.

"Existem muitas formas de ter liderança. Ele não é o mesmo líder que o Thiago Silva ou Marquinhos. Ele é um artista muito criativo e ele pode ser um líder com sua qualidade, criatividade. Ele não tem medo, joga sempre de forma ofensiva e essas são as qualidades a serem demonstradas em uma liderança. Estou muito satisfeito com o Thiago Silva e Marquinhos e não mudo", disse Tuchel.

Vale lembrar que, após a derrota do PSG na final da Copa da França, Neymar deu uma entrevista em que reclamou da postura de alguns jovens do time francês. Para o "Le Parisien", a sua preocupação em ter um elenco mais comprometido é sinal que ele está assumindo responsabilidades típicas de um capitão, o que poderia valer até mesmo a braçadeira na próxima temporada.

Por outro lado, Neymar recebeu duas punições nas últimas semanas, uma da Uefa e outra da Federação Francesa, e desfalcará o PSG nas últimas duas partidas do Campeonato Francês, na Supercopa da França e nas três primeiras rodadas da Liga dos Campeões. O brasileiro recebeu as penas por ter reclamado com veemência da arbitragem na eliminação do time na Liga dos Campeões e por agredir um torcedor rival ao final da Copa da França.

Desta maneira, Neymar fará a sua última partida da temporada pelo PSG neste sábado, contra o Angers, a partir das 12h (de Brasília). Com a expectativa de ser convocado para a Copa América, ele terá uma possível liberação antecipada discutida nos mesmos termos dos outros "selecionáveis" da equipe, como Marquinhos, Daniel Alves, Thiago Silva e Cavani (seleção uruguaia).

"Nós temos muitos jogadores que jogam a Copa América. Ele não está sozinho. Vamos decidir juntos. E o clube vai decidir. Temos q aceitar, foi um erro dele e temos que aceitar", disse Tuchel, referindo-se à punição aplicada ao atacante brasileiro.