Ricardo Rocha diz que Galvão Bueno recriou seu nome e apelido no futebol

Ricardo Rocha e Ricardo Gomes despontaram no futebol brasileiro na primeira metade da década de 1980 e chegaram à seleção brasileira na mesma época. Na equipe nacional, um impasse foi criado, já que os xarás eram zagueiros e atuavam lado a lado. A solução veio por meio de Galvão Bueno, como lembrou Ricardo Rocha em entrevista concedida ao UOL Esporte, na qual o ex-defensor participou da sessão "segue ou bloqueia".

"Eu só era Ricardo, aí quando dois Ricardos foram para zaga, ele falou: 'Ricardo Rocha e Ricardo Gomes'", disse o ex-atleta, que também credita ao locutor o apelido de "xerife" carregado durante a carreira.

"Galvão é um cara inteligentíssimo. É um cara que tem aquela polêmica: um gosta, outro odeia, aquelas coisas do Galvão, mas Galvão é um ícone. Tem aquele jeitão dele. A gente morre de rir", afirmou Ricardo Rocha.

O zagueiro chegou a trabalhar com Galvão quando estava no SporTV. Na época, Ricardo Rocha cobrou do locutor, em tom de brincadeira, uma dívida antiga, ligada a Ayrton Senna e que nunca foi paga.

"O Senna deu o pontapé de um jogo na França [em abril de 1994]. Terminou o jogo, eu vi o Galvão com um relógio lindo. Falei: 'Que relógio lindo, Galvão'. Ele falou: 'Ricardo, é do Senna. É uma edição'. Falei: 'Caramba. Tu podia arrumar um desses pra mim'", relembrou o ex-zagueiro.

Segue ou bloqueia?

O tetracampeão mundial também falou sobre outras pessoas que passaram pela sua vida, entre elas o presidente do São Paulo, Leco, e Lugano. A dupla fez parte do dia a dia de Ricardo Rocha em 2018, quando ele ocupou o posto de coordenador de futebol do clube tricolor. Apesar de algumas rusgas, ele "seguiu" os dois.

Ricardo Rocha ainda deu opiniões sobre o ex-mandatário da CBF, Ricardo Teixeira, sobre Neymar pai, sobre o ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e sobre o atual, Jair Bolsonaro.