"Escola Qatar" tem inspiração no Barcelona dentro e fora das quatro linhas
A seleção brasileira encara o Qatar como primeiro desafio na reta final de preparação para a Copa América. Hoje (05), a partir das 21h30 (de Brasília), no estádio Mané Garrincha, a equipe de Tite terá pela frente uma escola de futebol bastante influenciada pelo Barcelona - tanto dentro quanto fora das quatro linhas do gramado.
A começar pelo comando técnico. O treinador Félix Sánchez Bas se formou e começou a carreira na base do Barcelona, no meio da década de 1990. Nascido na própria Catalunha, aprendeu o que sabe de futebol na escola do clube blaugrana e trabalhou diretamente com nomes como Sergi Roberto, hoje peça importante no elenco de Ernesto Valverde.
Sánchez Bas chegou ao Qatar no ano de 2006 para trabalhar na Aspire Academy, centro de excelência e formação de jogadores do país. A estrutura serve como base da seleção do país e recebe atletas do mais alto nível, como Neymar, que realizou exames na reta final da recuperação da lesão do pé direito.
O catalão permaneceu na academia até 2013, quando assumiu a equipe sub-19 do Qatar. O impacto da escola barcelonista ocorreu de imediato, com a conquista do Campeonato Asiático de 2014. O trabalho na base prosseguiu para as categorias sub-20 e pré-olímpica.
O estilo baseado no Barcelona agradou aos dirigentes e credenciou Sánchez Bas a assumir o time principal em 2017, quando o uruguaio Jorge Fossati deixou o cargo. Dois anos depois, chega ao Brasil para disputar a Copa América com um título de Copa da Ásia no currículo, conquistado em fevereiro.
Na competição aqui em solo nacional, o Qatar vai enfrentar Paraguai, Colômbia e Argentina no grupo B. A estreia está marcada para o dia 16 diante do Paraguai, simplesmente no estádio do Maracanã.
Investimento no Barça
Esta relação com o Barcelona transcende a presença de Sánchez Bas e o estilo de jogo implementado sob a filosofia de La Masia. Durante quatro anos, a Qatar Airways patrocinou o clube catalão, com investimento que chegou a 65 milhões de euros anuais (R$ 282 milhões).
Fora o fato de estampar a tradicional camisa azul e grená, a Qatar Airways usou os jogadores do time em propagandas institucionais e estreitou relações com nomes do então renomado elenco. A parceria terminou em junho de 2017, mas a ligação segue até os dias de hoje.
Xavi é Barça e Qatar
O maior exemplo desta relação recai sobre Xavi Hernández. Um dos grandes símbolos do modo Barcelona de jogar durante a Era Pep Guardiola, o volante decretou o fim da carreira e o início da trajetória como técnico no Qatar, mais precisamente na equipe do Al Saad.
O antigo meio-campista ainda assumiu uma função institucional como embaixador da Copa do Mundo de 2022. Xavi empresta a própria imagem e participa de eventos para promover o Mundial, o maior evento esportivo a ser realizado neste pequeno país do Oriente Médio.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.