COF recusa contas de mais dois meses no Palmeiras
Depois de o Conselho Deliberativo (CD) considerar que os aditivos nos contratos da Crefisa são válidos, o Conselho de Orientação e Fiscalização (COF) do Palmeiras voltou a recusar balancetes por conta dessa alteração nos documentos, em reunião ocorrida na sexta à noite.
Mesmo com superávit, as contas de abril e maio não foram aprovadas pelo órgão fiscalizador, que já havia reprovado as contas anteriores de 2018.
Em abril, o clube terminou com R$ 2,29 milhões em superávit, mais R$ 9,712 milhões de superávit em maio. Levando em consideração os valores de junho, que ainda não foram discutidos no COF, o Verdão tem um superávit acumulado no primeiro semestre de R$ 41,6 milhões.
Por conta destes valores, a diretoria considera que a decisão tem influência política, uma vez que Mustafá Contursi é figura influente no COF e hoje oposição a Maurício Galiotte e Leila Pereira.
Para pessoas da situação, este é um movimento já pensando na eleição presidencial no fim do ano, quando Galiotte deve enfrentar Genaro Marino, atual primeiro vice, e que provavelmente será apoiado por Mustafá e outras alas oposicionistas, como conselheiros ligados a Paulo Nobre.
Os membros do COF, por outro lado, rebatem que a decisão é técnica. O órgão não concorda com a mudança nos contratos de aporte financeiro da Crefisa para contratação de jogadores. Os R$ 120 milhões gastos para trazer Luan, Fabiano, Bruno Henrique, Guerra, Thiago Santos, Borja, Deyverson, Dudu e Lucas Lima eram inicialmente considerados valores de patrocínio, mas mudaram para empréstimo. Ou seja, o Verdão terá de devolver à empresa todo o valor, com uma correção monetária - a menor no mercado.
O argumento é de que não houve um debate no COF sobre a mudança, que pode ser danosa para o clube no futuro. A diretoria, por sua vez, considera que esta é a melhor saída, já que a Crefisa foi multada pela Receita Federal por conta destes contratos antes vistos como patrocínio e teria de ocorrer a mudança.
Há pouco mais de dez dias, os aditivos foram discutidos no CD, que os aprovou por maioria. Membros da atual gestão consideravam que com a chancela do CD, órgão soberano, os problemas com o COF se resolveriam, mas não foi o que ocorreu. Os cofistas mantêm a posição de que a alteração contratual teve problemas e vícios no processo, portanto seguirão negando as contas. Essas recusas ao balancete do COF não têm efeito prático, já que ao término do ano o balanço, incluindo os 12 meses, é votado pelo Conselho Deliberativo.
12 Comentários
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O que atrapalha são esses pessoal do conselho pagam jogadores para não jogar. aja visto na entrevista do Diego Souza que disse isso. não que pagaram, mas que ele inventasse uma contusão para atrapalhar o time no brasileiro de 2009.
Qualquer coisa que tenha um micron de influência do Sr.Mustafá merece desprezo colossal e indelével.