Morte de ginasta Jack vai ao Conselho de Medicina; polícia ouvirá médicos
A ação dos médicos que atenderam a ginasta Jackelyne Silva, de 17 anos, entre 10 e 16 de janeiro, chegará ao Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) para que sejam apuradas as condutas dos profissionais nos dias em que Jackelyne foi à UPA 26 de agosto e ao Hospital Waldomiro de Paula, em Itaquera, acompanhada dos pais para receber atendimento médico após uma queda em casa. A ginasta morreu após sofrer quatro paradas cardíacas em 16 de janeiro.
Paralelo a isso, a Polícia Civil de São Paulo investiga se houve negligência médica na morte da jovem e ouvirá profissionais que atenderam Jackelyne.
O UOL Esporte mostrou o caso de Jackelyne no dia 27 de maio e mostrou a via-sacra relatada pelos pais e a ginasta na busca por tratamento médico. No curso dos dias em que procurou as unidades de saúde, a ginasta sofreu convulsões, parou de andar e de comer sozinha até morrer por sepse (infecção) causada por uma pneumonia, segundo laudo a que a reportagem teve acesso.
A Secretaria Municipal de Saúde envia hoje (6) relatório da Comissão de Averiguação do atendimento à Jack ao Cremesp, que já tem em mãos os documentos referentes às passagens da ginasta na UPA (Unidade de Pronto Atendimento). O relatório concluiu que houve falhas no fluxo de atendimento à paciente.
A informação foi confirmada à reportagem por meio da assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Saúde. "A Autarquia Hospitalar Municipal (AHM) vai enviar o relatório da Comissão de Averiguação do atendimento prestado à Jackelyne Soares da Silva ao Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp), nesta quinta-feira (6). O material será acompanhado por ofício solicitando ao órgão o aprofundamento das investigações sobre o caso", diz o comunicado.
"A Secretaria acredita que o Cremesp, que já dispõe dos relatórios das Comissões de Ética da Upa 26 de Agosto e HM Waldomiro de Paula, terá todas as condições para realizar uma investigação conclusiva e com a legitimidade de um órgão externo. A pasta tomará as medidas cabíveis contra qualquer falha que a investigação venha a apontar", conclui a nota da Secretaria.
Na reportagem do dia 27 de maio, a Secretaria de Saúde admitiu os "problemas no fluxo de atendimento" e falou ainda em "indícios de falha de conduta médica" à Jackelyne, mas afirmou que não conseguiu seguir a investigação pelas alegações de sigilo médico, principalmente em relação aos atendimentos na UPA.
No âmbito criminal, a investigação da Polícia Civil de São Paulo, liderada pela delegada Áurea Aubanez, colherá depoimento de três médicos que atenderam Jack na UPA 26 de Agosto.
A reportagem apurou que os primeiros a falar serão os médicos que atenderam Jackylyne na UPA. São dois profissionais que estiveram em contato com a ginasta no dia 10 de janeiro e um no dia 13 de janeiro. Os depoimentos estão marcados para amanhã.
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